segunda-feira, 26 de junho de 2006

"ATÉ AMANHÃ, CAMARADAS"


E assim, em pontas, em 5 pontas, estamos de partida deste espaço de liberdade.
"Até amanhã, Camaradas".

sexta-feira, 23 de junho de 2006

ATENTOS

Gostamos sinceramente do nosso concelho e da nossa cidade de Lagos.
Pensamos que nela se vive com uma excelente qualidade de vida.
Mas, também acreditamos que se o Poder Político desse mais atenção a algumas situações como as que denunciámos aqui ao longo do último ano (que alguns poderão considerar serem pormenores de pouca monta), Lagos seria (sem qualquer dúvida) um melhor lugar para se viver.
Lamentamos que o actual executivo camarário, que se encontra a fazer um melhor trabalho do que o que antecedeu, não revele sensibilidade suficiente para se debruçar e para resolver muitas "pequenas coisas", que tornam a vida menos agradável para quem decidiu cá viver. "Muitas pequenas coisas" que, somadas, tornam menos agradável a vida dos cidadãos lacobrigenses.
Agora, que nos aprestamos a deixar de opinar neste projecto colectivo que é o 5 Pontas, iremos continuar atentos e interventivos (com a cabeça entre as orelhas), na esperança de que Lagos seja (nos próximos anos) um sítio onde nos orgulhemos de viver.

quinta-feira, 22 de junho de 2006

FEUDOS (BALANÇO IV)

Ao longo do último ano, referimo-nos à existência de alguns "feudos" e de alguns "senhores feudais" no nosso concelho de Lagos. Entre eles, incluímos os "senhores da guerra", os militares, que gerem como bem entendem o seu património, sem darem "cavaco a ninguém". "Fazendo eco das preocupações e sentimentos de revolta das gentes de Lagos, a Comissão Permanente da Assembleia Municipal de Lagos, reunida no dia 19 de Maio de 2005, delibera, unanimemente, protestar contra aquela obra [edificação dentro do parque de campismo militar], exigindo a sua suspensão e posterior demolição, tanto mais que a mesma nem sequer foi merecedora do pedido de parecer à Câmara Municipal de Lagos. A Comissão Permanente da Assembleia Municipal manifesta ainda o desejo de que, num Estado de Direito Democrático como o nosso, o Município passe a ter jurisdição sobre todo o seu território e a Comissão quer acreditar que um dia, num futuro que se deseja próximo, toda a população de Lagos e seus visitantes possam usufruir do espaço do parque de campismo transformado numa das zonas de lazer, passeio e recreio de Lagos constituída como verdadeiro espaço público". Ainda estamos à espera... Pacientemente, que este é um país de brandos costumes...
Não só os senhores militares parecem estar à margem da lei no nosso concelho, como também os do IPTM. A zona responsabilidade deste Instituto Público (antiga Junta Autónoma dos Portos), é uma das maiores anarqueiradas que jamais vimos até hoje.
Mas não se pense que o "o espírito feudal" se fica por aqui: também a Portugal Telecom, a EDP e a TV Cabo, fazem o que querem, a seu belo prazer, no incumprimento das leis da República, estendendo cabos pelas fachadas dos prédios sem o consentimento dos seus legítimos proprietários.
Pensamos que o Município lacobrigense poderia e deveria insurgir-se junto dessas instituições, mais veementemente do que o tem feito (aliás, não tem feito nada...), visando o cumprimento da lei.
O tempo dos senhores "feudais" já acabou. Ou ainda não?

quarta-feira, 21 de junho de 2006

ALHEADOS, SIM (BALANÇO III)

Ao longo do último ano, referimo-nos algumas vezes ao projecto de requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos. Quanto a este, manifestámos a nossa mais profunda discordância quanto à sua mais do que provável execução, pelas razões que expusemos então.
Felizmente, não o vimos avançar neste período, embora calculemos que se encontre em "banho maria", apenas por falta de dinheiro. No entanto, não deixamos de manifestar a nossa preocupação pelo aparente alheamento da sociedade lacobrigense quanto à possível feitura desta descabida e megalónoma obra e pela perspectiva de ela vir a surgir nos próximos tempos.
O afastamento da sociedade local das questões que lhe dizem respeito é, para nós, deveras preocupante. Uma sociedade que não reflecte, que não participa do projecto político comum é (cremos) uma sociedade amorfa, é uma sociedade sem futuro.
Assim vai Lagos. Cantando e rindo. Alheados, alheados, sim...

terça-feira, 20 de junho de 2006

IMOBILISMO (BALANÇO II)

Ao longo dos doze últimos meses, só recebemos a 5 Sentidos - lagos (com minúscula) em agenda - por duas vezes nos primeiros dias do mês, facto que reportámos até à exaustão. Nos outros dez, ela chegou-nos sempre a casa quando o mês já ia a meio, pelo menos. A não entrega em tempo útil das actividades previstas pelas várias instituições que o deveriam fazer, foi a justificação que nos chegou para o atraso recorrente desta pseudo-agenda. Só que esta "coisa" custa dinheiro aos contribuintes, e por muito que nos digam que a culpa do seu atraso é das instituições, o facto é que não há desculpa para a balda que se vive neste sector.
Contudo, se alguém ainda pensa que é apenas nesta área que os serviços da autarquia funcionam mal, que se desengane. Temos conhecimento de algumas situações em que reclamações de munícipes, ou em que foi solicitada a intervenção dos serviços camarários, demorou meses a ter resposta da edilidade. Não sabemos quantos são os funcionários da Câmara Municipal de Lagos (embora calculemos que rondem os oitocentos), mas constatamos que a falta de produtividade dessa malta toda é mais do que muita. Ele é um "dolce fare niente", ele é um "encostar à sombra da bananeira", ele é um relaxe tão grande que até chateia. Ele é um poço sem fundo, de imobilismo.
Enfim... Como estamos numa de futebol, só podemos dizer: Cidadão de Lagos - 0, Bandalhice 2. É o segundo balanço do 5 Pontas, em tempo de despedida.

segunda-feira, 19 de junho de 2006

ESTACIONAMENTO CAÓTICO (BALANÇO I)

Ao longo do último ano, não foram poucas as vezes a que nos referimos ao caos que se verifica no estacionamento de automóveis na zona pedonal da nossa cidade de Lagos.
Embora exista uma Postura Municipal quanto a esta matéria, é com profundo desagrado que constatamos que são muitas as viaturas que circulam e estacionam na zona reservada aos peões, sem o mínimo respeito pela dita postura e sem que as autoridades locais tomem qualquer medida para fazer cumprir a legislação quanto a esta questão. Como dissemos algumas vezes no último ano, a PSP local parece fazer "vista grossa" quanto a esta ilegalidade, com prejuízo evidente para os cidadãos que se deslocam a pé nos passeios da nossa cidade.
Só nos resta presumir que os senhores polícias não lêem os blogs locais que se têm debruçado sobre este assunto (muito menos o 5Pontas) e que os senhores da Câmara Municipal de Lagos também não o têm feito. É que se assim fosse, no espaço de um ano, já alguém deveria ter tomado alguma medida para que se tivesse posto fim à anarquia que se verifica no estacionamento no Centro Histórico da nossa cidade.
Enfim... Como estamos numa de futebol, só podemos dizer: Cidadão de Lagos - 0, Bandalhice 1.
É o primeiro balanço...

sexta-feira, 16 de junho de 2006

5PONTAS: O PONTO FINAL.

Cumprir-se-á no próximo dia 26 deste mês um ano desde que iniciámos o 5Pontas.
Foi precisamente esse o dia que escolhemos para publicar o nosso último texto e para encerrarmos este que é um projecto colectivo.
Agradecemos a todos os que contribuíram com comentários para os quase trezentos textos produzidos desde então (reflectindo neste espaço sobre o que é a nossa cidade de Lagos e o nosso concelho, ou mesmo manifestando a sua mais veemente discordância com o nosso pensamento). Agradecemos, igualmente, aos que nos seus blogs colocaram ligações para o nosso (embora pensemos que agora seria melhor que as retirassem).
Ao longo da próxima semana, contamos apresentar um "balanço" à nossa maneira de alguns dos temas que abordámos por aqui.
Por último, uma palavra de sincero e profundo reconhecimento aos políticos internacionais (com destaque para o inenarrável Bush), para os nacionais (Soares, Cavaco, Barroso, Santana, Sócrates, etc.) e também para os locais. Sem eles e sem as suas asneiradas, sem a bandalhice que permitem no mundo, no nosso país e na nossa terra, não teríamos tido "matéria-prima" para opinar.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

ESTILO TERCEIRO MUNDO

Na passada terça-feira, dia em que António Costa, ministro da Administração Interna esteve em Lagos, onde celebrou um protocolo com a autarquia lacobrigense relativo à construção de uma nova esquadra para a Polícia de Segurança Pública (PSP) local, foi esta a imagem que captámos na nossa terra do “Parque de Estacionamento Público – com área reservada à PSP”.
Prometida há vários anos pelos sucessivos governos de direita que têm gerido o país de forma vergonhosa será, aparente e finalmente que nos próximos anos a Polícia local irá ter uma esquadra digna desse nome, na qual os profissionais possam desempenhar com dignidade a sua missão?
A ver vamos se este protocolo não será apenas mais um de entre muitos para “meter na gaveta”, se não será apenas mais uma das muitas operações de marketing com que este Partido que de Socialista só tem o nome vai brindando os portugueses.
Até lá, e se tudo correr bem e “dentro da normalidade”, deveremos continuar a ver viaturas apreendidas pela PSP amontoadas, a apodrecerem e a se degradarem num parque de estacionamento público, digno de envergonhar as mais infames capoeiras que jamais vimos até hoje nos mais recônditos países ditos do “terceiro mundo”. Só que esta capoeira até tem uma “vantagem” para quem gosta de viajar para locais exóticos e não tem dinheiro para isso: é que está aqui bem perto de nós, em Lagos, cidade e sede de concelho do que parece ser um país terceiro mundista.

quarta-feira, 14 de junho de 2006

UMA PERGUNTA SIMPLES

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) a que acedemos, existem no nosso país cerca de 457 mil desempregados. Em Lagos, não conseguimos apurar quantas são as pessoas que se encontram sem trabalho.
Ora, se esses números estão correctos, porque razão encontramos expostos durante dias, em vários estabelecimentos comerciais da nossa cidade, ofertas de empregos sem que, aparentemente, surja alguém disposto a os vir a preencher?

terça-feira, 13 de junho de 2006

OS ÍNDIOS

"Aldeia da Meia-Praia], ali mesmo ao pé de Lagos] Vou fazer-te uma cantiga] da milhor que sei e faço."
Começa assim a canção do Zeca Afonso, os "Índios da Meia-Praia", que acompanhou o filme-documentário de António da Cunha Telles sobre os cuícos da Meia-Praia, sobre os homens e as mulheres que após a manhã libertadora de Abril de 74 se uniram, visando transformar as suas miseráveis palhotas em habitação de gente. Grande lição deram aos lacobrigenses nessa altura, esses "índios" que de "índios" não tinham nada. De união, de dignidade, de esforço, na construção de habitações dignas desse nome.
Três décadas passaram e os dois bairros SAAL modificaram-se por força do crescimento da comunidade. E também do alheamento a que entretanto foram votados pelo Poder Político. Esse processo, essa transformação, ficou registada na película de Pedro Sena Nunes, que a exibiu há bem pouco tempo no Centro Cultural de Lagos.
A "lição" dos "índios" foi das primeiras que tivemos a nível político. A de que ninguém deveria viver em infames barracas. A de que todos os homens e mulheres nascem livres e iguais, e que todos merecem um tecto digno desse nome. E também a de que "controleiros" partidários não são necessariamente "amigos do Povo".
Hoje, não sabemos no que se converterá a Meia Praia nos próximos anos, zona altamente cobiçada pelos senhores de grandes interesses económicos e de grande Poder. Mas, em nome da dignidade dos Índios da Meia Praia que não o são, gostávamos de o saber. Sinceramente.
"Subo ao alto da duna. Olho, a nascente, a fila de toldos da Meia Praia, junto do Forte. Para o outro lado, ao fundo, o casario de Lagos. Lembro-me do largo de Monte Gordo, com o rapazinho cuíco defendendo-se dos rapazes que tentavam cercá-lo. Recordo-me do relato da vida dos cuícos. Expulsos do lugar aonde moravam, do pedaço de areia onde varavam os barcos, do mar onde procuravam o sustento. Porque alguém, que era rico, quis ser ainda mais rico comprando, com o terreno e a praia, os grandes lucros do turismo. Lembro os cuícos na travessia de quase todo o Algarve. Presos, aqui e além, desde Monte Gordo até Lagos, postos fora das cidades, das vilas, das aldeias, afastados de toda a parte, porque procuravam o trabalho, a casa e a mesa. Sei agora que o conseguiram. Que construíram cabanas, fizeram uma aldeia, têm uma loja, onde compram o que podem. E deste areal, que conquistaram, lançam-se ao mar, a sua grande lavoura, onde charrruam o pão com as quilhas dos barcos." - Manuel da Fonseca - Lagos, a Cidade, as Praias, os Cuícos.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

SERVIÇOS MÍNIMOS GARANTIDOS

A Biblioteca Municipal Dr. Júlio Dantas, de Lagos, situada na antiga casa e rua onde nasceu o escritor com o mesmo nome (a quem José de Almada Negreiros, poeta d'Orpheu Futurista e Tudo dedicou uma das mais violentas prosas jamais escritas no nosso país), é mais um dos sítios do nosso concelho que presta "Serviços Mínimos Garantidos".
Aberta ao público desde 1991 (se a nossa pesquisa estiver correcta), tem um acervo bibliográfico de sensivelmente 50 mil títulos, entre os quais se incluem os do seu patrono, o tal do Dantas. Está aberta ao público de terça a sexta-feira das 10 às 18 horas, sábado das 10 às 13 horas e quinta-feira das 10 às 20 horas, exercendo "componentes de cultura, informação, educação e lazer". "Dispõe de empréstimo domiciliário, consulta local, periódicos, sector infanto juvenil, sala de conto, sala de audiovisuais e sala polivalente. Tem programas de animação". Parece bem...
O que já parece menos bem é o seu número de leitores regulares. Com efeito, sempre que nos dirigimos a esse equipamento público, quer seja para consultarmos alguma obra, quer seja para assistirmos a algum evento cultural, são sempre muito poucas as pessoas que aí encontramos. De todas as vezes que aí vamos, este sítio parece-se mais com um local onde se efectua um velório, que propriamente um espaço dedicado à cultura (até por oposição à actividade intensa que conhecemos noutras Bibliotecas que, como esta, integram a rede pública). Ora, se a divulgação e o trabalho desenvolvidos pelos responsáveis nesta área são excelentes, porque razão a "casa" se encontra sempre vazia? A culpa só pode ser do seu malfadado patrono, o tal do Dantas, e da geração que pelo seu nome assim se deixa representar...
"BASTA PUM BASTA!
Uma geração, que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi! É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!
Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra! Pim!" - José de Almada Negreiros

sexta-feira, 9 de junho de 2006

O DIA DA TRETA

Assinala-se neste sábado, 10 de Junho, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Este é o dia das Comunidades dos portugueses que decidiram abandonar o nosso país, buscando noutros o que não tinham na nossa terra. Para o Canadá e Estados Unidos da América, Brasil e Venezuela, por toda a África, Luxemburgo, França, Alemanha, Holanda, Reino Unido, até à Austrália, foram muitos os milhares de portugueses que para aí se dirigiram, fugindo às misérias do seu (nosso) país natal.
Este é o dia de Luís Vaz de Camões, o “Príncipe dos Poetas”, que morreu na miséria, só e abandonado. O mesmo Camões que “vê” a língua portuguesa ser maltratada diariamente, nas escolas, na comunicação social, ou até nos blogs (sim, nós também não estamos isentos de alguns “pontapés” no português). E sim, também sabemos que Portugal é um país onde cada vez mais grassa a iliteracia.
Este é o dia de Portugal, país “inventado” pelos miseráveis cristãos, que logo na sua génese viu o seu dilecto filho assentar umas galhetas firmes na sua mamã Teresa. O mesmo país que anos mais tarde “deu novos mundos ao mundo”, colonizando, explorando e escravizando as populações com que se cruzou. O mesmo país que queimou milhares de pessoas na fogueira, ou que, em fúria desenfreada, assistiu ao assassinato de milhares de habitantes de Lisboa, pelo crime de serem judeus. O mesmo país que gerou o Salazar, ignóbil ditador de Santa Comba Dão. E por aí fora...
Esta não é a ditosa Pátria nossa amada. Esta é a Nação da treta, que se chama Portugal!

quinta-feira, 8 de junho de 2006

O cineFLOP

Está a decorrer em Lagos, até ao próximo dia 11 deste mês, a 2ª edição do CINEPORT (Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa).
De acordo com documentação fornecida pela organização, “a Câmara Municipal de Lagos, anfitriã do II CINEPORT, abraçou o projecto por entender que a cidade, pela sua ligação histórica aos Descobrimentos, é o local perfeito para a realização de um evento com estas características (...)”.
Não obstante existirem algumas pessoas que exercem cargos de responsabilidade no nosso concelho, e que afirmaram publicamente que Lagos não tem uma tradição marcada na área da cinematografia (o que revela a sua ignorância, pois olvidam o trabalho que foi efectuado pelo Cine-Clube local nesta matéria), como forma de se tentarem desculpabilizar pelo insucesso desta iniciativa, o facto é que a segunda edição do CINEPORT é precisamente isso: um rotundo falhanço! Se dúvidas houvessem, leia-se o Liberal online (publicação de Cabo Verde): “Infelizmente, o público está um tanto arredio do CINEPORT tal como, de maneira quase vergonhosa, a televisão portuguesa o ignora”. “Simpáticas” palavras desse jornal de um PALOP, para descrever uma iniciativa mal planeada, mal difundida, mal coordenada, mal pensada, e que só poderia resultar naquilo em que se tornou: um vergonhoso fiasco!
Por contabilizar (sim, agora estamos ansiosamente à espera de o saber...), os custos desta “brincadeira e o que se pretendia atingir com ela. Se os irresponsáveis que nos desgovernam não sabem o que fazer com as verbas de que dispõem, seria uma excelente ideia ficarem bem sossegados e quedos, em vez de terem mais uma triste ideia em nome da “ligação histórica [de Lagos] aos Descobrimentos”.
CINEPORT? Não! cineFLOP!

quarta-feira, 7 de junho de 2006

ILEGAL É QUE É BOM

Com a chegada do calor de Verão, são muitas as pessoas que começam a aportar a Lagos. Como na nossa terra os hotéis que existiam “despaireceram” (excepção para o Hotel de Lagos), a malta tem de “desenrascar” algum lugar onde dormir.
Vendo uma boa possibilidade de negócio foram muitos, mas muitos mesmo, os lacobrigenses que começaram a disponibilizar quartos nas suas casas (ou mesmo casas), de forma a alojarem quem procura guarida na nossa terra.
Assim, não é raro encontrarmos essas pessoas a dirigirem um bando de turistas de mochila às costas, encaminhando-as para um abrigo que exploram a seu belo prazer.
Atenta a esta situação parecia estar a autarquia local, que assinalou alguns locais destinados a este fim e que se encontram devidamente identificados com o símbolo que se pode ver na imagem anexa.
Mas... E há sempre um mas... O negócio das camas paralelas e ilegais continua a prosperar, conforme constatamos no nosso dia-a-dia. Levar dez “clientes” para casa ao preço de 25 euros por noite (cinco contos na moeda antiga), representa um ganho diário de 250 euros (cinquenta contos), livres da chatice dos impostos. Cinquenta contos por dia, num mês de 30, dá qualquer coisa como 1.500 contos por mês (sempre livres de impostos). Ora, se consideramos que a época “alta” no nosso concelho é de quatro meses (Junho, Julho, Agosto e Setembro), será fácil constatarmos que as pessoas que se dedicam ilegalmente ao arrendamento de quartos destinados ao turismo podem usufruir de 6 mil contos (livres de impostos), sem se aborrecerem sobremaneira com a sua actividade “paralela”.
Por estas pequenas contas, que ninguém estranhe se o 5 Pontas desaparecer num destes dias. Como devem compreender, face ao elogio desta ilegalidade presente aos olhos de todos e aparentemente bem aceite pelas autoridades locais, até nós estamos a pensar dedicarmo-nos a esta actividade bué lucrativa. A malta quer é carcanhol e que se lixem os otários que teimam em pagar a porcaria dos impostos.