terça-feira, 25 de abril de 2006

CELEBRAMOS A REVOLUÇÃO

“Tendo a consciência que a guerra era injusta e sem solução, que o regime era opressivo e sem capacidade de reconversão, que as Forças Armadas tinham conseguido o impossível para garantir ao Poder a capacidade de diálogo que ele recusava; só restava a sublevação, mesmo sabendo os riscos que ela acarretava”.
Fernando Salgueiro Maia
Já passaram 32 anos desde “a madrugada que eu esperava] O dia inicial e limpo] Onde emergimos da noite e do silêncio] E livres habitamos a substância do tempo” (Sophia de Mello Breyner). E, contudo, parece que foi ontem que a vivemos. Mais que não seja, porque neste período nunca deixámos de sonhar com um Portugal mais livre, mais equalitário, mais fraterno. Um Portugal de Razão e de Coração. Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Razão e Coração, as cinco pontas da estrela que se encontra representada nas nossas rubras bandeiras.
Passaram depressa estes 32 anos, por nós. E nem sempre bem. Se por um lado conquistámos a liberdade (embora demonstremos quotidianamente não a saber usar da melhor forma...), se muitas infra-estruturas que não existiam antes de 1974 foram construídas (saneamento, distribuição eléctrica, habitação social, etc.), por outro, falta ainda cumprir muito do sonho de Abril. Foram 31, os anos de ataques sistemáticos ao sector empresarial do Estado (pelos governos de direita que têm desgovernado o país – PPM, CDS, PPD/PSD e PS – em variados “arranjos” parlamentares). Recorde-se que ao longo deste período, esses partidos da direita parlamentar atacaram e retiraram direitos aos trabalhadores e aos cidadãos, os quais haviam sido consagrados na Constituição da República Portuguesa de 1975. Saiba-se que, actualmente, o fosso que separa ricos e pobres aumentou substancialmente. Saiba-se que há neste momento quase meio milhão de desempregados no nosso país. Que não sejam ainda esquecidas as “orientações” dos ignóbeis burocratas de Bruxelas, as quais diminuíram substancialmente a nossa soberania nacional. E por aí fora, que a lista é extensa e hoje é dia de celebrarmos o sonho, cantando a plenos pulmões “Grândola, Vila Morena, Terra da Fraternidade. O Povo é quem mais Ordena, dentro de ti, ó cidade”.
Viveremos, algum dia, uma outra Revolução? Se assim for, que não deixemos os cravos obstruir os canos das nossas armas!

4 comentários:

Anónimo disse...

A revolução não se cumpriu.
A irresponsabilidade e a injustiça
é quem mais ordena.
A falta de civismo é a nova forma de opressão.
Aquilo a que chamam democracia não é mais do que uma anarquia de costumes e identidade.
A unica igualdade que temos é a da falta de oportunidades.


:(

Anónimo disse...

O 25 de Baril trouxe a liberdade de escolher viver... na merda!

Anónimo disse...

I have been looking for sites like this for a long time. Thank you!
» » »

Anónimo disse...

best regards, nice info Photo of viagra pill Subaru outback and snow chains Best ice cream machines Best buy eczema product roof rack information from answers.com louise solomon's yoga and pilates dvd vardenafil pills Odds calculator texas holdem hand held game vardenafil raw material Msn texas hold em Levitra and viagra cialis frankfurt hotel Meridia 15mg capsule Erectile dysfunction caused trama vardenafil mail order http://www.dance-music-5.info/vardenafil-short-sightedness.html brass cartridges 5cialis vardenafil