[Nas eleições para a presidência da República que se realizam no próximo domingo, Aníbal Cavaco Silva aparece em vários estudos de opinião como o candidato em melhor situação para vir a ocupar o Palácio de Belém. Mas, qual o passado deste indivíduo? Quem é e o que já fez para ser merecedor deste importante cargo?]
Aníbal António Cavaco Silva nasceu em Boliqueime, no concelho de Loulé (Algarve) em 15 de Julho de 1939.
Exerceu o cargo de Primeiro-ministro de Portugal de 6 de Novembro de 1985 a 28 de Outubro de 1995.
Aquando da revolução de 25 de Abril de 1974, encontrava-se em Inglaterra a concluir o seu doutoramento, tendo regressado a Portugal onde trabalhou no Instituto de Ciências, na Universidade Nova de Lisboa, na Universidade Católica e no Banco de Portugal. Ouvimos pela primeira vez o seu nome em 1980, quando integrou o VI Governo Constitucional, com a pasta das Finanças e do Plano.
Após ter conquistado a liderança do seu partido (PPD/PSD) na Figueira da Foz, onde supostamente teria ido fazer a rodagem de um carro novo, tornou-se Primeiro-ministro de Portugal, cargo que exerceu durante dez anos, desrespeitando minorias, os mais desfavorecidos e tendo retirado aos trabalhadores e ao Povo em geral algumas das mais importantes conquistas de Abril. Entre outros e muitos episódios deploráveis, ninguém pode esquecer a brutalidade da intervenção policial contra os trabalhadores da empresa Manuel Pereira Roldão (Leiria), a dos polícias contra os polícias no Terreiro do Paço (Lisboa 1989), ou a da Ponte 25 de Abril. Ninguém deveria esquecer as privatizações em sectores-chave da nossa economia, nem a arrogância das certezas de quem nunca tinha dúvidas e raramente se enganava e etc, etc, etc...
Em 1995, com o Palácio de Belém no horizonte, Cavaco abandonou o seu partido, tendo escancarado dessa forma as portas que permitiram a António Guterres a vitória nas eleições para a Assembleia da República.
Nas eleições à presidência da República (14 de Janeiro de 1996), o Povo português, que nessa altura parecia estar mais atento do que hoje, penalizou o candidato, tendo então decidido entregar o cargo a Jorge Sampaio.
Daí até hoje, Cavaco remeteu-se a intervenções esporádicas de carácter académico, essencialmente, delineando e gerindo a sua estratégia para que agora se encontre a um passo de cumprir o seu sonho de vir a ser eleito Presidente da República portuguesa. Cobarde e miseravelmente, em dez anos da “travessia que fez pelo deserto”, nunca lhe escutámos qualquer contributo que fosse, para que Portugal pudesse vir a ser um país melhor.
Pelo seu passado político, que nenhuma esponja poderá limpar ou qualquer borracha jamais poderá apagar, Cavaco Silva não merece exercer o mais alto cargo da nossa Nação.
6 comentários:
Com um passado como este nem quero advinhar o futuro!... e é este o candidato que para o povo português está em melhor situação para ocupar o Palácio de Belém?! ai ai aiiii.. "tomem tento"!!!
beijos ao GRANDE
Ri-te, ri-te. Quando descubrires que a vazelina tem areia logo choras!
E alguém merece?
Mal vai o país quando o principal candidato a Belém diz que a solução para o problema da função pública é esperar que eles morram.
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