UM NEGÓCIO DA CHINA

Ouvimos esta “estória” por quem a escutou a um dos envolvidos no negócio. “Vendemo-la” pelo mesmo preço que nos custou.
“António” (nome fictício), dono de um restaurante conhecido de Lagos, decidiu expandir o seu negócio. Para tal, decidiu comprar um dos muitos imóveis abandonados e em ruínas no Centro Histórico de Lagos. Sem dinheiro de momento, chegou à fala com a proprietária da casa onde pretendia construir um outro restaurante, com quem apalavrou a compra, prometendo pagar o imóvel no final do Verão. Com a concordância da dona, António (nome fictício) ia feliz e contente, a esfregar a mãos de alegria, quando se cruzou na rua Direita com um conhecido político lacobrigense (que já conheceu melhores dias e relevância) e que se fazia acompanhar por um dos seus pagens, o pálido, na ocasião.
Vendo António (nome fictício) feliz e contente, o célebre político lacobrigense, em curva descendente perguntou-lhe a que se devia tanta felicidade. O empresário, ainda a esfregar as mãos de contente, contou-lhe todos os detalhes do negócio.
O Verão chegou ao fim. António (nome fictício), que já tinha dinheiro na altura, decidiu finalizar o negócio que havia apalavrado para a aquisição da casa. “Negócio, que negócio?”, respondeu-lhe a senhoria. Acabei por vender a casa a um amigo seu, conhecido político lacobrigense que já conheceu melhores dias. Ele ofereceu-me mais dinheiro que você, que queria? Quem lhe mandou contar os seus negócios?”

Moral da estória: “a alma é o segredo do negócio”. Lição a nunca esquecer.