segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

MÁ MÃE, BOA MADRASTA (I)

Um amigo de longa data, costuma dizer em tom meio irónico meio magoado que Lagos (cidade e concelho) é uma má mãe, mas é uma boa madrasta.
Muitas vezes, em noites de animada tertúlia na sua conhecida casa, com os sons recolhidos no Algarve por Michel Giacometti como pano de fundo, discutimos se essa ideia poderia ser verdadeira ou se, pelo contrário, poderia haver algum exagero nessa cogitação. “Lagos, má mãe, boa madrasta?
Nunca nos esquecemos dos amigos do tempo da escola secundária que daqui saíram há anos e que foram estudar e trabalhar para outras cidades, onde actualmente exercem nas mais diferentes profissões com reconhecido mérito (nas áreas da medicina e enfermagem, do ensino, passando pela banca e publicidade, informática, música, arquitectura, design, cultura, etc.).
Porque razão abandonaram eles e elas a nossa terra, só cá voltando nas férias grandes, no Natal, nalguma outra ocasião festiva, ou aquando de funeral de familiar ou amigo?
Lagos, má mãe, boa madrasta?” Uma ideia para os próximos dias.
[Dedicado ao Humor Negro, de A Razão tem Sempre Cliente, que também tirou bilhete de ida, sem volta.]

9 comentários:

Humor Negro disse...

Agradeço a dedicatória. O bilhete de ida sem volta nem se deve tanto a Lagos mas ao sacana do país, que sofre de encefalia (muitas vezes espongiforme) e que concentra a maior parte da actividade económica na capital. Ora isto já acontece à 400 anos, e não me parece que vá mudar nos próximos tempos.

Humor Negro disse...

correção: «há 400 anos»

Reino do Algarve disse...

Partir é morrer um pouco, quem morre não sofre mais, mas quem parte é dôr demais, é bem pior do que morrer.
Os meus parabéns pela abordagem a um tema a que muitos diz respeito.

Anónimo disse...

Espero que este vosso posto desperte nem que seja um pouco a atenção dos nossos responsáveis políticos locais, para que a politica do QUEM VAI VAI, QUEM ESTÁ ESTÁ, mude, não esquecer a importância dos que partiram para os cofres do estado, não são os que vieram da Ucrânia ou do Brasil que devem ser mais lembrados que os portugueses que partiram, porque esses vem cá buscar alguma coisa para mandar para as famílias em dificuldades, mas os nossos compatriotas foram em busca de alguma coisa para enriquecer nosso Pais e nossa cultura, esses tambem devem ser lembrados, como já é feito por todo o norte do Pais, onde foi reconhecido a importância extrema dos emigrantes para o progresso de certos meios pequenos, que doutra forma, teriam caído no esquecimento e abandono.
Em nota de despedida lembrar que a remessa dos emigrantes, continua a ser a segunda maior fonte de divisas do nosso Pais.

liliana miranda disse...

hummm... quando tu resolveres comprar também este bilhete de ida sem volta.. escolhe bem o destino viu?
beijos GRANDES

Anónimo disse...

A partir de hoje, vou ficar sempre na minha casinha ou na minha ruazinha, mas sempre na minha terrinha...

Sem fazer nenhum, a beber copos até ás tantas e a berrar que os gajos de fora é que têm sorte...

Haja paciência ?!

Anónimo disse...

Best regards from NY!
»

Anónimo disse...

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