Um leitor do 5 Pontas comentou o nosso texto da passada sexta-feira, tendo na ocasião afirmado que os “blogs lacobrigenses estão a ficar esgotados”.
Para além de outras cogitações, este leitor deixou também o desafio para que se “promova a discussão sobre o que queremos para a nossa cidade.
Faça-se um balanço das actividades que nela decorrem e apontem-se os erros mas também novos caminhos com propostas e até com manifestações de apoio ou de denúncia através de encontros promovidos p´los blogs com jantares, burricadas, actividades para os mais pequenos, sei lá, deixem de ser amorfos e inconsequentes como aqueles que denunciam”, disse.
Pois bem. Reconhecemos que possa existir alguma verdade nas suas palavras. Daí que deixemos, hoje, este repto aos que têm a paciência de nos ler: que queremos para a nossa cidade? Como o alcançar? Qual o contributo positivo que os blogues lacobrigenses poderão dar a essa discussão?
A palavra fica com o leitor, na esperança de comentários de bom nível, em liberdade (com tudo o que esta significa), como os que têm sido escritos ao longo dos cerca de seis meses de existência do 5 Pontas.
Para além de outras cogitações, este leitor deixou também o desafio para que se “promova a discussão sobre o que queremos para a nossa cidade.
Faça-se um balanço das actividades que nela decorrem e apontem-se os erros mas também novos caminhos com propostas e até com manifestações de apoio ou de denúncia através de encontros promovidos p´los blogs com jantares, burricadas, actividades para os mais pequenos, sei lá, deixem de ser amorfos e inconsequentes como aqueles que denunciam”, disse.
Pois bem. Reconhecemos que possa existir alguma verdade nas suas palavras. Daí que deixemos, hoje, este repto aos que têm a paciência de nos ler: que queremos para a nossa cidade? Como o alcançar? Qual o contributo positivo que os blogues lacobrigenses poderão dar a essa discussão?
A palavra fica com o leitor, na esperança de comentários de bom nível, em liberdade (com tudo o que esta significa), como os que têm sido escritos ao longo dos cerca de seis meses de existência do 5 Pontas.
A todos saudamos.
54 comentários:
Grande 5P, um tema quente e mal entendido “a remodelação da frete ribeirinha” . O silencio a falta de esclarecimento.
Neste verdadeiro Blog de Lagos julgo ser o local ideal para de bater o assunto. Digo Verdadeiro porque aqui como tenho acompanhado tem se respeitado a opinião o respeito e a inteligência de quem visita os Blog´s (ao contrario de certas tretas que auto elogiam-se com comentários home-made).
Este Blog já provou, continua 5P e conta com o meu apoio.
Ao EFE
”diz me com quem andas, dir-te-ei quem és!” mas “mais vale tarde que nunca”
Também és grande EFE
Abraço "."
Qual companhia?
E tu és boa companhia?
Pegas de marcha à ré, já vi?
Pelo sinal que fazes és adepto do movimento GAY,
mas o EFE não deve ser, ele é mais pro EHEHE...HEHEHEH
És muita pequenino ó "."
Lamento, 5Pontas, a intenção foi boa, pôr o pessoal a discutir temas fortes, objectivos para Lagos, mas parece que isso dá trabalho. Dar graxa ou ofender é melhor e bem mais fácil.
Boa sorte com a vã tentativa de espremer consciências para ver se sai uma gotinha de crítica produtiva...
(às vezes sem pedir as coisas saem melhor)
Confesso que não percebo nada disto. raramente visitei este blogue e só cá vim agora, por indicação do Guimas. Não sei o que se pretende mas se se trata de recolher contributos ou criar dinâmicas para "pensar a cidade" peço desculpa, mas não me parece que se consiga num blogue. Por um lado as pessoas nãoe stão suficientemente informadas (eu incluído) sobre os projectos em vista, por outro lado, e como diz um dos comentários anteriores, isto degenerará rapidamente em picardias e achincalhamento.
Mas louvo que se tente. O Guimas anda a tentar à muito... e bem se vê o resultado.
Como só aí vou esporadicamente, estou desfasado das actuais realidades concretas da cidade. Por esse facto, os temas que irei abordar nesta e noutras intervenções podem parecer bizarros aos frequentadores do blog aí residentes, e muito provavelmente são-no. Mas talvez quem esteja fora e guarda apenas memória antiga possa despretensiosamente contribuir para o desenvolvimento da cidade e do Concelho com uma perspectiva de observação diferente e complementar da dos residentes.
Três ou quatro temas parecem-me interessantes para abordagem pelos munícipes, cujas opiniões, não condicionadas pelos constrangimentos habituais da política, poderão ser úteis e de algum proveito para os políticos municipais. São eles: a requalificação ecológica, paisagística e urbanística; o desenvolvimento cultural e a recuperação de algumas antigas tradições (ou, se não tanto, pelo menos de algumas antigas realizações) de cunho marcadamente popular; o ensino profissional e superior politécnico; as actividades profissionais (a pesca e outras, complementares do turismo).
Estive aí por altura das festas da cidade, a propósito de um encontro de convívio para uma outra comemoração muito específica, e pude observar a Semana Quinhentista (ou coisa que a valha, por que de Festival dos Descobrimentos lobriguei muito pouco…) que a integrou, que soube ter já algumas edições. Pareceu-me evento positivo, mas as suas características deixaram-me algo surpreendido, não só pelas vestes como pela música e pelas coreografias, que em maior número eram mais aparentadas com as culturas cristãs do norte (e nordeste da Europa) do que com as culturas mourisca e mediterrânica, que então ainda marcariam grande presença no sul do País e na nossa terra. Compreendo as limitações, que certamente não escaparam aos organizadores e que em parte podem estar relacionadas com os condicionamentos da oferta das pequenas companhias produtoras existentes e das suas disponibilidades de calendário, mas julgo que os aspectos culturais mediterrânicos e mouriscos deveriam ser realçados em futuras edições.
Interessante pareceu-me a adesão à iniciativa de parte do comércio da baixa da cidade, pelo que julgo, ainda restrita aos trajos dos trabalhadores. Seria bom essa adesão poder ser alargada a outro tipo de iniciativas comerciais, nomeadamente, ao campo da doçaria, dos frutos secos e das bebidas típicas da época (embora longe das zurrapas que então se venderiam pelas tabernas), complementando com o seu profissionalismo o amadorismo artesanal oferecido nas tendas das escolas (sem qualquer desprimor para a sua importante presença e participação, envolvendo a juventude no evento). E julgo, também, que os munícipes poderiam participar um pouco mais, não apenas nos cortejos organizados, mas coreografados nas sua deambulações pela cidade ou em eventos específicos realizados por clubes recreativos, integrando-se assim no espírito da época que se pretende fazer reviver.
Em tempos, a cidade caracterizou-se por ter uma razoável vida cultural, tendo em conta a que existia no País e também a sua pequena população. Para além dos Teatros de tempos mais recuados, no tempo da juventude dos meus pais ainda se realizavam algumas récitas populares, e no tempo da minha juventude existia um bom número de pequenos Clubes recreativos e desportivos (se bem que na maioria já em decadência). Não sei se alguns destes Clubes ainda existem, mas as Festas da Cidade poderiam ser um bom pretexto para os que existem, ou outros que entretanto se tenham formado, tentarem reanimar a sua vida associativa e cultural, participando com coreografias e realizações próprias na diversificação e no melhoramento das comemorações que pretendem enaltecer a sua cidade. Esta seria uma forma de aumentar e melhorar a participação dos munícipes nas Festas da Cidade. Tudo dependeria dos Clubes, da Câmara e da Comissão das Festas. Alguém deveria tomar a iniciativa.
Lacobrigense daí saído há muito e sem vontade de voltar.
Nã me parece uma boa ideia pelas razões apontadas pelo efe. Não percebi porque razão hoje de manhã o guimas tinha um post e agora outro diferente e sem comentários. As "picardias" continuam é que assim digo à minha mulher para não comprar a TV 7 dias, isto é muito melhor.
Temas profundos não fazem sentido nos blogs porque os chefões argumentam sempre que não vão lá ler não têm tempo, mas vão utilizando analogias a temas aqui discutidos.
Um abraço vocês pela tentativa, mas acho que o guimas tem razão, não vale a chatice.
Adeus e boa sorte
Que fique bem claro que se esse senhor não tem vontade de cá voltar é opinião que não tem o mais pequeno interesse para a comunidade e que não indesponha os leitores com textos que mais parecem lençois rotos no meio, não servem para nada.
Um lacobrigense que cá está e quer ficar.
o amigo de cima não percebe que a assinatura do "Lacobrigense daí saído há muito e sem vontade de voltar" encerra uma antinomia, ou seja, é paradoxal na medida em que é justamente por desejar voltar (desejar que as coisas mudem para poder desejar voltar) que assina dessa forma?!
E é óbvio que se interessa pela sua terra ou não discorreria de forma tão elaborada sobre os problemas da mesma. No mínimo, deseja que ela melhore, senão para ele, que pode até nem voltar, para nós que cá estamos, então. Eis como tem toda a propriedade para falar. E que tipo de leitores se indispõem com um texto bem escrito e ideias claramente expostas? os leitores que lêm exclusivamente a Bola?!
Castelo andamos na escola juntos, lembraste? aqueles livros do corpo humano ca malta lia as escondidas,claro so viamos as photos, a parte cientifica, era em ingles nao interresava muito, acho que foi dai que nasceu a tua inspiraccao para a photo, agora vem estes gajos falar do ponto g ou b, eu nao sei de nado, sei onde e o ponto do enbigo, o resto a malta nao aprendeu, o Caetano nao deixava, so a seguir a revolucao a Emanuela e que veio mostrar a malta como e que aquilo funcionava, lembras-te da bicha a porta do cinema, aquilo e que era um karate alentejano, foi ai que a malta comecou a abrir mais os olhas, quer dizer, a observar mais a janela da vizinha. Um abraco velho companheiro.
Finalmente leio um comentário do EFE e vejo-me obrigado a subscrever grande parte.
A excepção é esta:
"Em tempos, a cidade caracterizou-se por ter uma razoável vida cultural, tendo em conta a que existia no País e também a sua pequena população. Para além dos Teatros de tempos mais recuados, no tempo da juventude dos meus pais ainda se realizavam algumas récitas populares, e no tempo da minha juventude existia um bom número de pequenos Clubes recreativos e desportivos (se bem que na maioria já em decadência)."
Penso que só com muito boa vontade tivemos uma situação como a descrita. NO entanto... Abstenho-me de comentar o que não tenho a certeza.
António, fale com o José Carlos Vasques sobre o assunto e verá que muda de opinião e concordará com o excerto que destacou do artigo. Eu também só o sei, pelo testemunho do JCV.
"Anônimo disse...
Castelo andamos na escola juntos, lembraste?"
CLARO QUE ME LEMBRO PÁ. TU ERAS O... O... O... ANÓNIMO!!! Eras um gajo alto de cabelo preto, magro, baixo, loiro, gordo (quase tanto como eu). Lembro-me perfeitamente.
hehehe...
:D
mas o resto confirmo. belos tempos!
eu não posso mudar de opinião, porque não tenho nenhuma, posso é ficar a saber e agradeço. Aliás eu fui claro, não sei, talvez me tivesse faltado dizer que pelo que me é dado ver pela actualidade, será complicado acreditar, mas acredito.
Olha que bela reunião de amigos. Isto é comovente. E se fossem trabalhar para reduzir a merda do déficit?
Os bares fecharam hoje em Lagos?
entre coments fui ver e ouvir o espectáculo final de um workshop de Jazz ministrado pelo Hugo Alves em que ele "encaminhou" bem mais uma fornada de vinte e tal músicos (80% são algarvios).
valeu a pena, gostei das revelações.
Ok. Já percebi. Os bares fecharam mesmo hoje em Lagos.
Lanço um repto aos residentes do 5 pontas,o de manter 2 ou 3 temas que para mim são fulcrais e que a todos nós preocupa sendo intemporais para a comunidade.
1ºA infancia
2ºA 3ªidade
3ºA meia Praia.Para que esta se torne uma zona de lazer,cultura e conhecimento.
Fazer deste 3ºtema uma bandeira comunitaria duma população que quer que as coisas funcionem bem.
Canalizar as boas ideias para os diversos serviços camararios e até mesmo para as direcções partidarias
para que os politicos deixem de governar para as pessoas e passem a governar com as pessoas.
Li algo sobre isso no canallagos na altura das eleições na secção Correio dos leitores
;)
Outro repto 5 pontas,já que a CML
não promove uma ampla dicussão publica sobre essas matérias porque não os leitores do 5 pontas a sugerir uma explicação publica por exemplo numa 6ªfeira à noite no CCLagos por ex.do que está a ser pensado pelos tecnicos da camara nessas questões ou outras,que se venham a considerar
mais pertinentes,mas estas são transversais a todos nós.
Um instituto BIOTECNOLOGICO na zona da ria de Alvor era primordial e até poderia ser abraçado pelas 2 cidades que tutelam a dita Ria "esta ideia li-a no canallagos escrita por alguem".
Para além disso consta do programa eleitoral da actual vereação camararia.
;)
vejam lá se Portimão ainda nos rouba isso o melhor é na se fazer
tuga
Ao Lacobrigense saído.....PERMITA QUE O CUMPRIMENTE
e lhe diga que o snr sabe mais de Lagos do que muitos que cá vivem. Só que se deixaram hipnotizar pelo próprio umbigo.
Depois temos que levar com eles.
Dois comentadores teceram algumas considerações acerca do comentário que aqui inseri como resposta ao apelo do post. As questões levantadas não são pertinentes, mas o mesmo não acontece com a indelicadeza e a dúvida que esse meu comentário suscitou. Correndo o risco de sobrecarregar a caixa dos comentários e de desvirtuar o seu objectivo, assim como o de ser novamente mal interpretado, permito-me fazer algumas observações como resposta, pedindo desde já desculpa ao autor do blog e aos eventuais leitores.
Assim, ao comentador que se identifica por “Um lacobrigense que cá está e quer ficar”, direi:
Não foi minha intenção indispô-lo, nem a qualquer outro leitor do blog. Se o texto lhe causou tamanho engulho, remédio fácil e barato seria não acabar de lê-lo. Não se esqueça que é apenas um comentário despretensioso. Se o alvitre que nele fiz “não tem o mais pequeno interesse para a comunidade”, muito menos mereceria ser comentado.
É compreensível que estando afastado das realidades concretas da cidade e do Concelho possa tecer considerações sem grande interesse ou ultrapassadas, bizarras, até, como afirmei no início do comentário. De qualquer modo, decidi arriscar. Fi-lo com a melhor das intenções, no sentido de contribuir com alguma coisa de útil, ainda que de pequena monta, para que o Município caminhe na senda do progresso e do desenvolvimento harmonioso, e porque, sendo lacobrigense, isso me apraz.
O eventual valor das opiniões, se o tiverem, é o que elas possam valer por si, não deriva do facto dos que as emitem pretenderem ou não voltar à terra. E o simples alvitre que fiz é bem pobre e de parco valor, não merecedor de qualquer comentário.
Já agora, informo-o de que embora, por enquanto, não pense voltar, não quer dizer que não volte um dia. Se tal vier a acontecer, nada melhor do que encontrar uma cidade mais agradável e desenvolvida; se não acontecer, ainda bem para os que aí vivem.
Ao comentador que se identifica por “guimas”, direi:
Eu já não sou do tempo em que a cidade teve a vida cultural a que fiz referência, e que deve ser entendida e relativizada face ao contexto de então, dela própria e do país. Se tal referi foi porque dela tive notícia por meus pais e outros familiares, que chegaram a participar nalgumas das récitas populares de outrora. Ainda não há muitos meses, um tio meu, por afinidade, hoje com noventa e um anos, relatou-me a sua participação, assim como de minha tia, numas duas dessas récitas, e eu próprio recordo, quando miúdo, a participação de meus pais numa das últimas récitas organizadas pelo Clube de Futebol Marítimo Os Lacobrigenses (então localizado ao cimo da Rua 1.º de Maio), ensaiada pelo saudoso Sebastião Dias Murtinheira (ensaiador – que é como quem diz, co-autor, coreógrafo e encenador – de méritos reconhecidos, que foi durante muito tempo Chefe da Secretaria da Escola Industrial).
Julgo que Teatros chegaram a haver dois, não sei se contemporaneamente. Recordo vagamente apenas um deles, já inactivo, o Teatro Gil Vicente, que se localizava nas traseiras do que veio a ser a Escola Industrial e Comercial de Lagos (por ampliação da Escola Industrial Vitorino Damásio). O referido Teatro foi demolido aquando da reconstrução da Escola, no meado dos anos cinquenta, e do mesmo foram aproveitadas muitas madeiras boas para a citada reconstrução, segundo me confidenciou ainda recentemente Mestre Américo Santos (antigo aluno da Escola e que nela também foi professor), participante nesses trabalhos.
De qualquer modo, o antigo Cine-Teatro Império, que veio a constituir o único estabelecimento do género na cidade desde então, recebia de vez em quando companhias de teatro em tournée (porque ainda me recordo de em miúdo ter lá assistido a uma representação) e manteve, durante o tempo que aí vivi, sessões regulares de cinema em quatro dias na semana (aos domingos, por vezes com matinés infantis, às terças, quintas e sábados), para além de outras actividades artísticas; e, quanto a cinema, ainda havia, no Verão, sessões na chamada Esplanada, ali à Meia Laranja, onde vi muitas “cowbóiadas”. Recordo também, ainda que vagamente, ter assistido, muito miúdo, a uma representação teatral de companhia de Lisboa num recinto desmontável, no então Rossio da Feira (nas proximidades da antiga Central Eléctrica e do Dispensário Anti-Tuberculoso).
No meu tempo de juventude, a decadência já se tinha instalado. Houve ainda alguma actividade desportiva, esporádica, uma sombra do que fora anteriormente, desenvolvida pelos clubes desportivos que restavam (e em que participaram outros, de vida efémera, como o Fonte das Sete Bicas, a Ponte, etc.), mas o Clube de Futebol Esperança de Lagos acabou por centralizar essa actividade.
Existiam na cidade vários Clubes Recreativos e Desportivos, alguns bem antigos. Recordo o Clube Artístico Lacobrigense (julgo que fundado pelos anos vinte), localizado na rua da Igreja de Santo António (depois Museu), onde se chegaram a realizar uns dois bailes de finalistas do meu tempo; a Sociedade dos Ricos, onde hoje se localiza o Auditório Municipal; o Grémio dos Industriais, à Meia Laranja; e, na Rua 1.º de Maio, o Sport Lisboa e Lagos (julgo que fundado em 1918, e antiga filial do Benfica), no fim da rua, a Filarmónica Lacobrigense, frente ao edifício dos Correios, o Clube Metalúrgico Lacobrigense, frente à Rua da Zorra, e, no início da rua, o Clube de Futebol Marítimo Os Lacobrigenses (fundado em 1921, filial n.º 6 do Belenenses); para além do citado Esperança (fundado por volta de 1912, e antiga filial do Sporting), na Praça Luís de Camões (conhecida também por Praça da Palmeira, porque lá teve, em tempos idos, uma palmeira). Fora o Esperança, o Sport Lisboa e Lagos e a Filarmónica, desconheço se ainda existirá qualquer dos outros. Por muito parca ou restrita que fossem as suas actividades (no sentido de tradicionais), só a sua existência é reveladora de algum dinamismo associativo no campo da recreação cultural e do desporto.
Esta é apenas uma descrição sucinta, feita com base em meras recordações, e qualquer incorrecção é involuntária. Constato, contudo, que Lagos tem um excelente contador de histórias do seu século XX, na pessoa de José de Paula Borba (o Borbinha, como ouvi muitas vezes minha mãe chamá-lo carinhosamente), que para além das que já contou poderá dar a conhecer aos mais novos muitas outras, com o colorido e o pitoresco que lhe são próprios.
Não posso deixar de aproveitar para referir uma manifestação popular de cariz satírico, em jeito de tragicomédia, de antiga tradição, ainda que com realização irregular (porque dependia do empenho de carolas): o Enterro do Entrudo, que tinha lugar pelo Carnaval, durante os tradicionais bailes da quadra. O cortejo fúnebre, com padre e sacristão, o morto firme e hirto, com maquilhagem cadavérica a preceito, familiares e acompanhantes, todos vestidos a rigor, percorria então os Clubes (ou os que autorizavam a sua entrada, porque nem todos aceitavam sujeitar-se à incógnita que de semelhante evento poderia resultar), em noite de terça-feira de Entrudo. Aí chegado, o cortejo estacionava no salão de baile, geralmente apinhado, e o padre fazia a encomendação do defunto, que se mantinha impassível perante a longa ladainha do clérigo e os lamentos e choros de familiares e de acompanhantes, carpindo suas mágoas, do que resultava uma pantomina mordaz e hilariante, que recordo com saudade.
E não falo dos tradicionais cânticos das Janeiras e dos Reis, nos quais participavam diversos pequenos grupos de cantadores e de tocadores, de composição variada, então designados por “joldas”, alguns de composição regular e de excelente qualidade, que se deslocavam pela cidade entoando seus cânticos e melodias às portas das famílias abastadas ou de algum amigo e conhecido, muitos dos quais era um regalo acompanhar para ouvir, e que produziam efeitos miméticos na criançada e na juventude, que acabavam também elas por formar os seus próprios grupos.
Pelo que sei, a vida cultural da cidade, hoje, está muito mais desenvolvida e é de tipo variado. Ainda bem. A vida mudou radicalmente, e mal fora se assim não tivesse acontecido em quarenta anos e com tantas transformações políticas e sociais de permeio. Há, contudo, uma característica que julgo não ter sido recuperada: o cariz popular de algumas das manifestações culturais de então, nas quais as pessoas do povo eram os produtores dos seus próprios divertimentos, e não meros consumidores passivos. Ora, foi no sentido de que essa característica pudesse, de algum modo, ser reactivada que alvitrei o envolvimento dos Clubes recreativos na realização das Festas da Cidade. Estou persuadido de que a participação popular poderia contribuir para cimentar a ligação afectiva dos Munícipes ao evento e acabar por conferir-lhe maior autenticidade. Porque o que há de mais são eventos eruditos ou profissionais, enquanto escasseiam os genuinamente populares.
Lacobrigense daí saído há muito e sem vontade de voltar.
Isso das joldas e do entrudo era capaz de me seduzir para participar.
Culturalmente estivemos mortos desde o 25 de Abril,só agora existe alguma aberura.
É o que dá sermos geridos por pessoas que não são de Lagos
Há quem diga que não vale a pena que dá muito trabalho e depois se dignam a dizer mal de tudo.
o Anónimo
Gostava que a nossa cidade tivesse a consciencia daquilo que vale.
Temos quase tudo para vermos aqui crescer miudos saudaveis tanto fisica como psicologicamente.
Temos todas as condições para virmos a ser uma cidade de excelencia para o turismo familiar
virado para as familias com crianças se nós assim quisermos.
A este nicho de mercado só há respostas a nivel de parques temáticos.
Podemos ser um paraíso ao nivel das actividades maritimas.Falta
a famigerada universidade, politecnico,o que for viavel,para dar outra dimensão ao nosso espirito critico eàs aspirações das nossas gentes.Essa universidade devería ser de ciencias do mar.Ao ajudar a população a gerir melhor esse património imenso que taõ mal cuidado está.
ET
Parabens 5P pelo tema
Para sermos uma cidade deveras turistica falta a diversão não aquela de vomitar as bebedeiras mas sim com actividades ligadas ao mar ao espectaculo e ao jogo.
Concordo em absoluto com o que foi dito no comment anterior do ET.
Parabens
De facto à que fazer chegar às diversas instancias as sugestões
válidas que são aqui deixadas,só assim tem sentido a nossa participação neste tipo de discussões.
Parabens ao 5P
Devagar se vai ao longe
Oh 5P não têm hiporeses de pôr questôes e haver votações?
(:)
No microcosmos de Lagos dava direito `a revolução da democracia !
(:)
É cá quer outra ponte pá meia praia JÁ!
ouviu sr.presidente!
e transferir com regras parte da vida nócturna de Lagos se quisermos ter um centro histórico,senão acaba-se por ter centro estórico.
ET
A seguir à ponte
Imaginem o Pavilhão das descobertas
com esplanadas e acabaria na ria d Alvor com o Centro de Estudos de biologia Marinha.Talvez com uma parcería da Univ. de Aveiro
Tudo isso com a participação da CP
para a substituição de dia para passageiros um "Metro" de superficie ECOLÓGICO E SILENCIOSO.
Isto tudo na actual linha e a Expropriação da DUNA e relojamento de álguns habitantes.
Entre uma coissa e outra haveria comércio e associações ligadas ao mar e vida nocturna.
(:?
Será que o POLIS não reconsideraría?
ET
Isto é o que eu quería.
E como quem não chora não mama!
vá lá sr,presidente
(:0
E nessa avenida era proibido o alcool e permitidas as drogas leves
ero o paraíso na terra
É cá vote nisso
lá o Belmiro levava uma talhada tambem para pagar o período de estagnação económica que nos tem causado.
Desafio o 5 Pontas a convidar os partidos e as Jotas dos mesmos a terem 1 texto residente semanal.
Se consegirem faze-lo tiro~vos o chapéu.
(( ((:)
Isso é que era o verdadeiro espirito Quinhentista a camara pagava aos seus habitantes do centro de emprego para fazer animação nocturna trajados à época
E´cá tamem vote nisse
Tou meme a ver o Estoia a fazer de
Francis Drake
Uma crítica aos Blogs que se permitem julgar o trabalho dos outros.
Como é possivel terem links para o Mak e insusp.etc. e não terem para
outros de inegavel interesse por ex.a diciopedia.
pssst
obs
errata do anterior
leia-se WIKIPEDIA
Porque é que a camara não referenda mais ou menos estas coisas??????????????????????
Uma noite destas sonhei… Um sonho péssimo, quase um pesadelo, diga-se em abono da verdade. Sonhei que era Presidente da Câmara, que as receitas da autarquia provinham dos impostos cobrados sobre os lucros do turismo, a única indústria que nos resta, para a qual estamos naturalmente vocacionados e fatalmente condenados, e não das licenças de construção, nem das contribuições pagas por quem nos faz o favor de morar aqui. No sonho, tinha por diante um dia de grandes decisões, daquelas determinantes para o futuro de todos nós. E que decisões!
Se havia que decidir, pois então, que fosse! Primeira grande decisão: acabar com a estação ferroviária! Acabar com um monumento com quase cem anos? Não, não era bem isso! A relíquia deixava-a estar, para recordação. Acabar com a linha de caminho de ferro? Não, também não era isso. Tratava-se de mudar aquela tralha toda para trás do Molião. Lagos passaria a ficar entre a Torre e o Chinicato. Estação moderna, atraente, acolhedora, com fáceis ligações rodoviárias para a Cidade, para a nossa Vila (que agora é Odiáxere) e para Bensafrim. Quer dizer, inaugurava um novo ramal Mexilhoeira-Lagos, passando à parte de baixo dos Palmares.
O audacioso plano previa a demolição do barraquedo dos índios. Era tudo indemnizado com casa nova. Pudera! Também, já era tempo de terem casas como deve ser! E os antigos carris tornavam-se o eixo de uma nova e ampla avenida, de duas vias, a um nível ligeiramente subido, contendo aqui e além parques de estacionamento subterrâneos e dotada de um largo passeio do lado do mar. E as dunas? Davas cabo de tudo! Qual dava! Há oitenta anos que lá estão os carris e as dunas ainda lá moram. Ou não? E para que era isso, essa espécie de novo passeio público? Para quê? Para ladeá-lo, a norte, de hotéis (de luxo e, também, assim, assim), de residências e de apartamentos, para os turistas largarem boa massa e se criarem mais umas centenas largas de empregos. Quer dizer, uma nova Copacabana, com a baía transformada numa nova Guanabara.
Nem mais! Matava vários coelhos de uma cajadada. Requalificava toda aquela zona, ligava-a a nascente com os eixos viários já existentes, e impedia a pressão urbana que espreita para ocupar as arribas da Costa D’Oiro e as destruir. E decidiste? Não. Acordei mal disposto. Foi um sonho ruim. Vejo… acobardaste-te, foi o que foi! Pois não, vê lá se querias, com um magote de ecologistas em frente à Câmara, ameaçando invadi-la.
IISC.
O sonho comanda a vida.
?:)
Boa.Parabens Lagos.vamos ter andebol de 1ª.
?;)
e integrado nessa nova meia-praia logo ó incio ficava bem um pavilhão municipal multiusos com piscinas e campo de andebol e de basquete e de ginástica e de congressos. se na tinhamos andebol de 1ª tinhamos de 2ª e basquete e o resto que na era nada mal.
PJC
Ainda bem que há gente a sonhar e não saber se a remodelação da frente Ribeirinha,integra ou não esta ANSIEDADE da ligação da cidade à meia praia.Oh 5P obrigado por terem retirado da minha critica o repensar e o testar novas fórmulas sem partir da permissa que se ainda ninguem fez então é porque não dá resultado.
Cag.Errante
Parabens ao executivo e ao Zé Manel X por esta vitória.
Queremos mais,o proximo pode ser de Ténis de mesa.
?:)
sò se for para proteger o "grilo" sábio?
xalaça
(;)
ping-pong é xinesice a mais e nessas prossemidades já tá tude estragado nem com bondoza vai e vei lá na ta adientes a chamar nomes aos cagalhõis
vou ali volto já
O andebol é de primeira agora vamos esperar que a organização venha a coresponder e que tragam mais e parabens tamem ao presidente
FM
Organizem-se mas acho que as ofenças são ambas deploraveis com ou sem identidade.
Quem fica a perder são os que têm identidade.
As BABOSEIRAS para os que têm identidade ficam-lhes coladas,aos outros leva-as o vento,por isso Castelo e Guimas conselho de amigo:
dixem de lutar contra moínhos de vento porque isso estimula a quem aqui vem,o regeitar à partida os vossos comments por muitos deles serem de respostas enviezadas a outros comments.
?:)
Acho que o Guimas é mais rico quando usa os eterónimos qual Fernando Pessoa.
Cinha
O que eu gostava mesmo é que os comments tragam um constante repensar das nossas actividades até esta a de comentar.´Fiquei coma sensação de que quem tem BLOGS,encara os coments dos outros como se fossem os dos seus proprios blogs,tentando impor regras de conduta que no caso deste blog só decorre do chekspeell do mesmo.
Quem está mal?
Será que são todos os anónimos,ou só pelo facto de ter nome se pode dizer as maiores BARBARIDADES?
Isso era no tempo da outra senhora
Emanuel Taborda
Para quando um parque de merendas para que as familias de lagos poderem confraternizar uma com as outras?
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