terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

CARNAVAL: A MÁSCARA DA LIBERDADE

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro, filho de José Nepomuceno Afonso, juiz, e de Maria das Dores, e faleceu em 23 de Fevereiro de 1987, em Setúbal.
O Zeca, o nosso Zeca Afonso, que compôs “Grândola, Vila Morena”, senha da manhã libertadora da Revolução de 1974, que nos devolveu a esperança (entretanto traída por aqueles que sabemos quem são...), nas suas “andanças” de vida foi professor em Lagos, nos idos de “50”, do século XX.
É desse período da sua vida que repescamos este momento, do livro “Livra-te do medo – estórias e andanças do Zeca Afonso”, da autoria de José A. Salvador, para a “Regra do Jogo, Edições”. Era assim o Zeca Afonso, camarada que ergueu bem alta a bandeira vermelha da estrela de cinco pontas e que nunca esqueceremos, agora que passam poucos dias de mais um aniversário do desaparecimento da sua presença física entre nós.
Quando fui para Faro já com a minha situação de separação resolvida (tanto eu como a minha mulher vivemos uma situação bastante traumatizante) tive aí e em Lagos uma outra imagem das coisas, digamos, uma imagem pagã. Parti convencido que no Algarve havia menos interdições, menos controlo social sobre o comportamento das pessoas do que o registado em Mangualde, mas enganei-me(...). É certo que se verificavam determinados tipos de escapatórias em relação à moral sexual (...). Acabava o Carnaval e afivelavam, então, a máscara púdica que os costumes e a censura eclesiástica exigiam delas (...). Assim, verifiquei tanto em Faro como em Lagos que existiam épocas em que se permitiam determinado tipo de coisas a par de um controlo social permanente (...). Em suma, e como dizia a velha cantiga, todos somos primos e primas e não há ódios nem estimas. As pessoas comiam-se umas às outras (...)”.
Era assim nos finais dos anos 50, em Lagos e em Faro. De então para cá mudou alguma coisa? Carnaval: a máscara da liberdade!

4 comentários:

Humor Negro disse...

Eu já tinha falado na tradição do «Bora Dar», que o Zeca Afonso fala aqui, aquando do post sobre o início do vilarejo de Lagos. Era escusado bater na mesma tecla.
Uma questão apenas: o «nosso» Zeca Afonso? O Zeca Afonso alguma vez foi vosso? Em que circunstâncias? Envolvia anões e cavalos pentapérnicos?

Anónimo disse...

Ó Humor Negro: Ainda é melhor "Bora dar" que "Bora vender".

Anónimo disse...

quem é, ou foi, esse Zeca Afonso? ao que parece, ninguém. 19 anos depois nem uma mini-reportagem na TV nacional.

Anónimo disse...

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