quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

COMPARAÇÕES

No dia 1 de Dezembro de 1640, no seguimento de um plano bem delineado, os conjurados, após dominarem a guarda do palácio real, atiraram pela janela o cadáver de Miguel de Vasconcelos, secretário de Estado. Os principais membros castelhanos do governo foram presos. E de uma outra janela do corredor de onde Vasconcelos havia sido defenestrado, D. Miguel de Almeida aclamou D. JoãoIV perante o povo. E Olivença, a saudosa Olivença ainda era nossa...
Em Junho de 2003, o salário mínimo português era inferior ao espanhol mas, no entanto, os produtos alimentares em Portugal tinham um preço mais elevado que os dos nossos vizinhos espanhóis.
Nessa altura, o salário mínimo português era 26,5% inferior ao espanhol, o que em termos práticos significava que um trabalhador nacional que auferisse o salário mínimo teria que laborar 33 horas, de forma a poder adquirir um cabaz alimentar de 30 produtos. O seu congénere espanhol necessitaria de apenas 25 horas. Comparativamente, entre os produtos mais caros em Portugal que em Espanha encontravam-se a carne de vaca, os ovos, o açúcar, o azeite, o café e a água mineral.
Também em 2003, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), apresentava taxas diferentes: 5%, 12% e 19% em Portugal, correspondendo a 4%, 7% e 16% na vizinha Espanha.
São simples constatações, que querem? Hoje, dia da Restauração, deu-nos para a comparação.

8 comentários:

Reino do Algarve disse...

"Vale mais viver reinando que acabar servindo !...".
Disse D. Luísa de Gusmão, esposa do futuro D. João lV, o "Restaurador",

Anónimo disse...

Vamos derrubar o... 5 pontas?

pormenores em:
http://www.urbanconservation.org/debates.htm

subv

Anónimo disse...

Se D. Miguel de Almeida, D. João IV e todos os portugueses que ajudaram na restauração da República em 1640, que acabaram com o domínio espanhol de 60 anos, vivessem em 2005 ficariam espantados com o domínio espanhol sobre os sectores chaves da economia portuguesa, a tal ponto, que se torna impossível, alguma vez conseguirmos, à imagem dos portugueses de 1640, correr novamente com os "nuestres hermanos".
Este novo domínio, sobre a economia portugues perduará para todo o sempre. Só acabará quando nos tornarmos, também nós, espanhóis. Não existe retrocesso. Infelizmente.

O venenoso

Anónimo disse...

A frase célebre atribuída a D. Luísa de Gusmão, Duquesa de Bragança, é: "Antes Rainha por um dia do que Duquesa toda a vida".
Em relação à matéria do post, convinha que o autor tivesse presente que o salário mínimo em Espanha não é, na realidade, muito superior ao praticado em Portugal; em Espanha ele é apenas garantido por 12 meses (subsídio de férias e de Natal dependem de acordo entre as partes), enquanto cá o é por 14 meses. O que não invalida que o nível de vida, devido ao maior poder de compra do salário mínimo em Espanha, seja maior lá do que cá.
O facto de os capitais espanhóis irem tomando conta de parte da economia portuguesa não é um mal em si; o capital não tem pátria, e os capitalistas são muito flexíveis quanto ao conceito de patriotismo. Aos trabalhadores também não é factor que cause qualquer incómodo. O único problema tem a ver com o desenvolvimento do país, na medida em que os lucros repatriados e não investidos não contribuem para novos investimentos.
De qualquer modo, que se saiba, os espanhóis ainda não detêm posições monopolistas no mercado, ao contrário de alguns portugueses, e não é pelo facto do investimento espanhol ter crescido que o investimento nacional tem baixado. Apesar do nosso ser um mercado pequeno (apenas aparentemente, porque o mercado interno é o da UE), a grande diferença entre os investidores nacionais e espanhóis é o dinamismo empresarial, que leva a uns investirem esperando retornos no médio prazo e a outros só investirem na mira de chorudos lucros a curto prazo.
Um exemplo gritante, com reflexos na economia local de Lagos, é o do empresário Belmiro de Azevedo, a quem foi oferecida a Torralta (por dois milhões de contos, pagos em vinte anos, sem juros, pode dizer-se que foi uma benesse). Querendo meter-se em negócios de grande rentabilidade, em ramos muito variados (do papel às telecomunicações e aos hipermercados), sem capitais próprios (o que lhe acarreta uma elevada taxa de endividamento e a consequente transferência de lucros para os prestamistas, sob a forma de juros), acaba por estagnar uns (no caso, a parte da Torralta aqui no Sul), submetendo-os à sua estratégia e disponibilidade financeira e impedindo ou atrasando o desenvolvimento regional.
Por estes e por muitos outros exemplos, não há que ter medo do capital estrangeiro (espanhol ou outro). Quantos mais investidores estramgeiros houvesse, menos os Espírito Santo, Belmiros e quejandos se sentiriam donos deste país.
eVINDAS.

Anónimo disse...

... e, é claro, os "conspiradores" de 1640 não restauraram a República (que ainda teria de esperar 270 anos), como por lapso referiu um comentador, mas a soberania nacional sobre o Reino de Portugal, que tendo sido mantido como reino independente durante os reinados dos Filipes, fora pertença de soberanos (legítimos, pelas leis daquele tempo) que eram simultaneamente reis de Espanha.
eVINDAS.

Anónimo disse...

Suspeito que o preconceito contra os espanhóis, sem qualquer fundamento, foi criado ou alimentado pela autêntica corja que foram os últimos destes Braganças.
Bastaria lembrarmo-nos dos esforços feitos por três reis (de entre eles João II, o mais sábio, e antes dele por seu pai, e depois por seu cunhado e primo, Manuel I, que lhe sucedeu) para unificarem a península sob um único Estado (a Espanha), assim como o orgulho com que o nosso épico se afirmava tão espanhol como um castelhano (chegando a escrever na língua de Cervantes), para compreendermos que já nos séc. XV e XVI havia gente esclarecida para quem a manutenção independente deste rectângulo mais ocidental, ela sim, não era coisa de bom augúrio.
eVINDAS.

Anónimo disse...

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