quinta-feira, 24 de novembro de 2005

FRENTE RIBEIRINHA (PONTO FINAL)

Segundo a brochura da Câmara Municipal de Lagos, “Projectos municipais Julho/Agosto 2005”, a que aludimos no nosso texto de ontem, a situação actual da requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos (Programa POLIS) encontrava-se nesse momento “em projecto; obra a lançar a concurso em 2005”.
Por informação de EFE, sabemos que se realiza amanhã no Centro Cultural de Lagos uma Assembleia de Juventude dedicada a este assunto. Quanto a esta, não vislumbrámos qualquer anúncio público da sua realização, nem dos objectivos que se pretendem alcançar com a mesma.
Quanto ao projecto em si, apenas sabemos o que transmitimos nos nossos comentários desde segunda-feira. No que se refere às várias questões que foram colocadas nos comentários de quem nos lê, lamentamos, mas não sabemos responder melhor.
O que sabemos, o que percebemos, é que este projecto, tal como foi apresentado em meados de Junho e na publicação da autoria da CML deverá vir a ser concretizado tal como o descrevemos. Está dito que terá o custo de dez milhões de euros, o POLIS comparticipará com dois milhões e meio de euros, vindo o parque de estacionamento a custar quatro milhões e trezentos mil.
Aliás, saibam que em relação a este projecto de requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos, há muitas coisas que desconhecemos. E outras tantas que não nos atrevemos tão pouco a insinuar ou a mencionar, não vá o Diabo tecê-las... Essa tarefa, deixamo-la aos democraticamente eleitos, que muito melhor que nós poderão averiguar algumas relações que possam, eventualmente, ser menos transparentes no processo que conduziu à escolha DESTE projecto como o vencedor.
Pensamos que a população de Lagos se tem auto-marginalizado da discussão daquilo que pretende para a intervenção a ser efectuada no espaço a que temos feito referência. Da mesma forma que mais de um terço dos eleitores decide ficar em casa sempre que há eleições, sob o argumento que “não adianta ir votar, que não adianta participar”, quanto a este assunto, a táctica dos nossos concidadãos também tem sido a da avestruz: cabeça bem enfiada no chão. E depois, criticar, protestar, reivindicar, exigir. Tarde de mais, como sempre. Quando já não há volta possível. Quando já não há nada a fazer. Curioso, também, o silêncio e a desmobilização dos partidos políticos que não exercem o Poder quanto a esta temática. Tirando as intervenções de Nuno Marques (PSD), não tivemos oportunidade de ver quaisquer outras movimentações ou iniciativas partidárias quanto a esta futura obra. Será por estarem TODOS de acordo? Será porque é mais fácil não intervir, não esclarecer, não mobilizar os cidadãos para se lhe oporem se for caso disso?
Diz-se, vulgarmente, que cada terra tem os políticos que “merece”. Mas nós acrescentamos que cada terra também tem os cidadãos que merece. Amorfos. Alheados. Adormecidos. Assim somos nós. Assim se (des)constrói Lagos, sob o pretexto de se “tornar a cidade mais competitiva a nível regional e nacional”.
Está dito!

13 comentários:

Anónimo disse...

Eu não me considero amorfo nem desinteressado acontece que as discussões publicas são manipuladas para ter a participação que os promotores dos
projectos querem que se tenha.
Tambem eu só soube da discussão de 6ª feira através do 5P.
O próprio PSD que através do NM já manifestou a sua discordancia do projecto revela-se incapaz de promover a mobilização dos cidadãos
para uma maior consciencia dos assuntos autarquicos.Enquanto os partidos continuarem fechados à participação dos cidadãos,seremos todos amorfos e desinteressados.
Valha-nos o 5P.



ET

Anónimo disse...

Optei por ler este bom documento após a publicação integral, anunciada. Acho que tomei a decisão certa. No entanto verifico que a vontade de levar por diante uma troca de ideias séria não está nos parametros ideológicos da grande maioria dos participantes. Apesar disso e como li também os comentários concordo em absoluto com o ET. O 5 Pontas é tido como o "último refugio" dos Bloquista de Lagos ou como o "ponto de encontro dos esquerdistas frustados". Não me preocupa absolutamente nada. Bem hajam até. O que me preocupa é que pessoas como o Nuno Marques, O José Alberto Baptista, o Nídio Duarte, o Albuquerque e tantos outros insistam em negar a existência do 5pontas mesmo quando vocês levantam temas de interesse geral e que não estão a ser discutidos, senão num círculo muito fechado e restrito, onde quem levanta a voz automaticamente é conotado com o PS ou com o PSD como se o assunto pudesse ser tratada no âmbito da "clubite".
Era isto, meus amigos, que eu lhes quis dizer quando lhes fiz aquela proposta e que vocês por "naturezas" pouco claras optaram por deixar passar ao lado. Eu também já estou farto de me levantar em bicos dos pés e depois ouvir dizer que o que eu quero é a merda de um lugar qualquer, ou que me quero evidenciar. Agora assino como anónimo, vou seguir o vosso exemplo e brincar às mamãs e aos papás, enfim, se calhar vou é ter juízo.
Mais um anónimo

Anónimo disse...

Atenção aos valores referidos. 1 - o Parque de Estacionamento será realizado por investidor privado.
2 - O Programa Pólis comparticipa com uma percentagem do valor orçamentado e não do valor real (pelo que as habituais derrapagens orçamentais tornarão mais onerosa a parcela da autarquia).,

Ucifrão

Anónimo disse...

o que está em causa primeiro é se querem destruir a avenida e a praça do infante e só depois vem as verbas, e essa dos custos do parque de estacionamento serem por conta da empresa é de somenos, querem reduzir a av a uma faixa e querem um parque pra que

Anónimo disse...

O 5pontas, de louvar o trabalho feito, já sou um admirador da coragem destes pontas, e claro a pontualidade e actualidade, que faltava à uns tempos atrás, quando por aqui passei, bem acham.
Em relação a um comentário, que achei interessante tem a ver com a forma saudável de criticar amigos e companhia, anonimamente. O Nuno canastreiro, está muito longe de ser o candidato preferível de alguém, esse sim anda em bicos de pés, sem lhe pedirem, de acordo com o Nídio, o Nuno Serafim tem uma palavra a dizer num futuro próximo, por pensarem que são grandes, é que não querem reconhecer outros que lutam em prol de nossa cidade.

Anónimo disse...

Em tempos interroguei-me acerca das razões porque a Câmara não comprou a velha Fábrica da Ribeira, a moradia do Reinaldo Assunção e as antigas instalações do João Gonçalves. Depois, perguntei-me, se a Câmara não tinha meios administrativos à sua disposição para condicionar a construção ou para determinar o tipo de equipamentos admissívelis para o local, de modo a dissuadir eventuais interessados. Na posse da edilidade, com recurso a verbas comunitárias, poderia ter nascido ali um equipamento polivalente de qualidade (um auditório coberto, um espaço para congressos e desportos, etc.), devidamente enquadrado.
Hoje pergunto-me porque razão a Câmara ainda não interveio no espaço do antigo Quartel, desde que foi desactivado da sua função. Transformado arbitrariamente em parque de campismo e residência de veraneio e de férias, assiste-se agora ao nascimento de novas construções no seu interior, sem que a Câmara, pelo que se saiba, tenha capacidade de impedir o que ali vai surgindo. Estar-se-á à espera de mais algum facto consumado irreversível?
E tenho-me perguntado também porque razão a Câmara não adquiriu o edifício onde se encontra instalada a Messe (na Praça do Infante), para aí instalar os Paços do Concelho.
Isto tudo, juntamente com as opções tomadas para a chamada Zona Ribeirinha, deixam-me confuso e perplexo acerca das prioridades que os sucessivos autarcas têm traçado para a requalificação da zona histórica da cidade.
Antigamente, tudo se tratava e decidia no segredo dos deuses, em Lisboa, e era apenas do conhecimento de alguns notáveis locais. A arraia-miúda ficava a conhecer através do diz que disse e quando via surgir os preparativos para as obras. Nesse tempo, a arraia-miúda não punha nem dispunha em nada, nem na política nacional, muito menos na autárquica, que se fazia totalmente arredada dela. Trinta anos após a instauração do regime democrático, parece serem os deuses a continuarem a decidir. A arraia-miúda sabe apenas um pouco mais cedo: quando lhe são apresentados os planos que os deuses previamente aprovaram! Trinta anos depois, há, contudo, uma diferença, que deveria ser substancial: os deuses deixaram de ser designados e passaram a ser eleitos. De resto, pouco mudou. Tanto antes, como depois, os deuses vivem no Olimpo, não dão satisfações à arraia-miúda! E esta, afinal, tem mais com que se preocupar.
IDAS.

Anónimo disse...

AO IDAS
O pior de tudo não é a raia-miuda, o pior é que nessa raia há uma enorme falta de coragem para chamar as coisas pelos nomes e depois é essa mesma raia miúda que julga e condena a mesma raia miuda.
Eu abandoneu a luta porque me causa nojo dar a cara por uma cambada de inuteis e cobardes.
Mais um anónimo

Anónimo disse...

Finalmente GUIMAS.
Deixe de ser o protagonista dessa gente e junte-se à maioria silenciosa dos que apenas querem ajudar a construir uma sociedade melhor.

Um abraço

Anónimo disse...

moce raia múda é alguma expéce de tremelga que dá uns choques do caraças ou é a malta que na liga a nada que táse cagando para tudo?

éf disse...

bahahahahahahaha...
:D
:D
:D

Anónimo disse...

As mentes degradadas de alguns mentecaptos revela-se altamente confrangedora. O envio de abraços ao guimas é realmente interessante.

Anónimo disse...

Ao "mais um anonimo"=emplastro guimas.
Inutil,todos o consideram como tal,quanto à cobardia tambem é aplicavel aos que se escondem atras da calunia para ofuscar o ponto de vista dos outros.
Como não tem nada de valido a acrescentar vá destilar as suas frustrações p'ro seu blog e não estrague este espaço de reflexão livre e bem intencionado.

Anónimo disse...

Devido à má educação pessoas há que se recusam a reconhecer-se
iguais aos demais.Julgando-se oriundos de uma classe superior,aristocratica de outros tempos,que devido ao analfabetismo e fome reinantes, só pelo facto de saber ler,não passar fome e ter alguns contactos sociais se consideravam como tal.
Alguns aristocratas de outros tempos,hoje em dia não seriam mais que meninos mimados com a mania das grandezas,como se nota através da frustração demonstrada
por certas pessoas que aspiram a ser diferentes mas não o são.

tem juizo toninho