De acordo com a apresentação efectuada pela Câmara Municipal e pela equipa vencedora do projecto de requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos na sessão pública que decorreu em meados do passado mês de Junho (à qual nos referimos de passagem no nosso texto de ontem) e que também pode ser consultada em brochura editada pelo Município, intitulada “Lagos a mudar”, o investimento global desta obra (valor estimado) é de 10.000.000.00 de euros. Destes, a verba comparticipada pelo POLIS é de 2.500.000.00 de euros e o custo estimado do parque de estacionamento subterrâneo, com capacidade para 520 veículos, distribuído em dois níveis é de 4.300.00.00 euros.
Segundo se pode ler no documento de iniciativa municipal “este investimento será suportado financeiramente pela empresa concessionária que ganhar o concurso de concepção, construção e exploração do parque de estacionamento”.
Quanto aos objectivos desta iniciativa, destacam-se os seguintes:
“- Revalorizar os marcos históricos existentes, salientando os traços perdidos no tempo;
- Relacionar a cidade com a paisagem marítima envolvente;
- Diversificar a oferta de usos quotidianos, garantindo a vivência equilibrada ao longo de todo o ano;
- Reformular o esquema de circulação viária e bolsas de estacionamento, potenciando novos espaços públicos de uso pedonal;
- Valorizar a frente ribeirinha, fortalecendo a sua identidade como lugar de encontro da população local e sazonal.”
Mais se adianta que o Estudo Prévio define 6 áreas principais de intervenção, a saber:
“1) Jardim da Constituição, com a reformulação do actual sistema de canteiros em prado contínuo (...) e a instalação de mobiliário de uso lúdico infantil.
2) Um Jardim de Água: a implementar entre a praça do Pelourinho (actual Praça do Infante) e o Forte Ponta da Bandeira, simula a ancestral ligação da cidade com o mar, através da construção de um sistema de lagos de água que, sob a acção da luz, som, vento e instalações artísticas, reproduzem o ambiente marítimo.
3) Um Museu das Descobertas: acede-se a este novo Espaço Cultural por uma rampa e pelo Cais Velho que ficará a descoberto.
4) A Praça do Pelourinho: Actual Praça do Infante, é reformulada com nova arborização, mobiliário e pavimentação que evocarão marcos perdidos (...).
5) A Esplanada do Infante: a plataforma proposta para a cobertura do parque de estacionamento será destinada ao ócio, lazer e restauração.
6) O Parque de Estacionamento (...)”.
A linguagem, o “linguajar” empregue por pessoas que se atrevem a justificar desta forma um investimento, um gasto, um custo, uma despesa, um encargo de 10.000.000.00 de euros não nos provoca mais do que uma náusea, um asco imediato e instantâneo por esta “coisa”.
Quanto aos objectivos desta iniciativa, destacam-se os seguintes:
“- Revalorizar os marcos históricos existentes, salientando os traços perdidos no tempo;
- Relacionar a cidade com a paisagem marítima envolvente;
- Diversificar a oferta de usos quotidianos, garantindo a vivência equilibrada ao longo de todo o ano;
- Reformular o esquema de circulação viária e bolsas de estacionamento, potenciando novos espaços públicos de uso pedonal;
- Valorizar a frente ribeirinha, fortalecendo a sua identidade como lugar de encontro da população local e sazonal.”
Mais se adianta que o Estudo Prévio define 6 áreas principais de intervenção, a saber:
“1) Jardim da Constituição, com a reformulação do actual sistema de canteiros em prado contínuo (...) e a instalação de mobiliário de uso lúdico infantil.
2) Um Jardim de Água: a implementar entre a praça do Pelourinho (actual Praça do Infante) e o Forte Ponta da Bandeira, simula a ancestral ligação da cidade com o mar, através da construção de um sistema de lagos de água que, sob a acção da luz, som, vento e instalações artísticas, reproduzem o ambiente marítimo.
3) Um Museu das Descobertas: acede-se a este novo Espaço Cultural por uma rampa e pelo Cais Velho que ficará a descoberto.
4) A Praça do Pelourinho: Actual Praça do Infante, é reformulada com nova arborização, mobiliário e pavimentação que evocarão marcos perdidos (...).
5) A Esplanada do Infante: a plataforma proposta para a cobertura do parque de estacionamento será destinada ao ócio, lazer e restauração.
6) O Parque de Estacionamento (...)”.
A linguagem, o “linguajar” empregue por pessoas que se atrevem a justificar desta forma um investimento, um gasto, um custo, uma despesa, um encargo de 10.000.000.00 de euros não nos provoca mais do que uma náusea, um asco imediato e instantâneo por esta “coisa”.
Temos que aceitar, apenas porque vivemos em democracia, que alguém se atreva a dizer que com esta obra se pretendem “revalorizar os marcos históricos existentes perdidos no tempo” e “relacionar a cidade com a paisagem marítima envolvente”, etc, etc, etc, para justificar a obra.
Pensamos que quem fundamenta desta maneira o que se pretende para a “requalificação da frente ribeirinha”, o relacionamento da cidade com o mar, o que é Lagos, não sabe o que diz, nem tão pouco o que é a nossa cidade. E pensamos, ainda, que quem se atreve a escrever uma bestialidade como a que acabámos de transcrever revela não saber como se poderão ser gastos 10.000.000.00 de euros de outra forma, verba que poderia ser utilizada de maneira mais racional e consentânea com o que é a cidade, com o seu relacionamento desta com o mar e com os seus cidadãos (como se poderá constatar pelo projecto classificado em segundo lugar para esta intervenção urbana).
[Segundo comentário pertinente de EFE deixado ontem no nosso blogue, realiza-se na sexta-feira de manhã, dia 25, no Centro Cultural de Lagos, uma Assembleia de Juventude dedicada a este tema. Que seja frutuosa, é o que desejamos.
[Segundo comentário pertinente de EFE deixado ontem no nosso blogue, realiza-se na sexta-feira de manhã, dia 25, no Centro Cultural de Lagos, uma Assembleia de Juventude dedicada a este tema. Que seja frutuosa, é o que desejamos.
Pela nossa parte, pensamos continuar a abordar este tema].
15 comentários:
Um alerta ao 5PONTAS, pelo facto, da importância relacionada com o custo do parque de estacionamento subterrâneo não corresponder à verdade, falta lá um zero “0”. Mas contínuo a insistir que a construção do parque de estacionamento, é uma grande falta de visão, a minha solução são os eléctricos, fechar o trânsito automóvel na avenida, na faixa dos eléctricos, trânsito permitido somente a autocarros turísticos e táxis, velocidade máxima 30 kilómetros/hora, ao lado do estádio municipal ai sim a construção de um grande parque automóvel, com três ou quatro pisos, com passagem do eléctrico, o preço do estacionamento do automóvel, incluir o transporte gratuito para o centro da cidade.
Tenho como prioridades para Lagos a Universidade de ciencias Maritimas,o acesso ciclopedonal à Meia Praia com a sua extensão até à ria de Alvor e a construção de um hotel/casino para que haja diversão de qualidade com espectaculos para os mais velhos.
Tudo o que vier a hipotecar estas prioridades vai hipotecar o futuro das gerações vindouras.
ET
Boa ideia,um eléctrico, porque não, porque será que os eléctricos o metro, etc, sejam meios só para as grandes cidades, Lagos não é muito grande, mas é acima de tudo uma cidade de grande respeito, vamos pôr um eléctrico na avenida.
A Lagos: é verdade! Falta um zero -0- no custo do parque de estacionamento, embora os separadores decimais estejam correctos.
Desculpas pela incorrecção.
Saudações a todos e agradecimentos pelas participações.
Lagos precisa é de cadeiras eléctricas
Salt
Sim? Bom... vamos lá a ver... e se for só uma, auto-destrutível, para torrar o salt? Que te parece?
Ele há com cada um...
Oh salt VPC
Ao ET.
Lagos até pode precisar de ensino profissional e superior, não ponho em causa. Já me parece um pouco precipitada a fixação numa universidade de Ciências do Mar. Para formar que investigadores e que técnicos? Para trabalharem para quem?
Não tenho dúvidas de que precisa de ensino profissional, de nível 2 e de nível 3, no âmbito da reparação mecânica, do atendimento e dos cuidados à terceira idade e à infância, das vendas, da cozinha e restauração, da informática, etc. A juventude que abandona o sistema de ensino sem concluir a escolaridade básica ou que não se interessa pelo ensino secundário regular teria uma hipótese de formação qualificante, e os empregadores poderiam vir a encontrar no mercado de trabalho pessoal melhor qualificado.
Também não tenho dúvidas que um instituto politécnico, autónomo ou ligado a qualquer universidade, público ou privado, poderia ser de grande valia para proporcionar à juventude residente e dos concelhos limítrofes uma formação superior, contribuindo para mantê-la nas origens. Mas, neste nível, os cursos deveriam ser orientados, prioritariamente, para as necessidades do mercado de trabalho, no âmbito das artes, do design e decoração, do turismo, da gestão, da hotelaria, da animação cultural, etc.
Desejar voos muitos largos, de custos incomportáveis e sem saídas profissionais, parece-me inútil quimera.
IDAS.
Ao idas
As ciencias maritimas ajudariam a gerir o recurso mais valioso que temos, o mar.
Ajudando a implementar novas culturas marinhas e gerir stocks das varias especies como a sardinha em mar aberto,a criar enseadas vocacionadas para o turismo através do snoorking e a prevenir as investidas dos diversos lobies que ponham em causa este equilibrio,incluindo o impacto que o próprio turismo e as actividades que daí resultam provocam.
A piscicultura,a produção de mariscos e moluscos etc.
Considero vital porque esta sería a industria que se revela a mais adequada a coexistir com o turismo e para a qual estamos vocacionados
existindo tudo menos o conhecimento para ser implementada.
Um abraço
ET
Uma Universidade do Mar aqui, com o Curso de Oceanografia (a partir do póximo ano lectivo chamar-se-á Ciencias do Mar - licenciatura de 3 anos) da Univ. Algarve a registar 2 inscritos no corrente ano lectivo?! Onde estão os interessados para isso, e onde estão as saídas profissionais?
Falo disso no Caderno do CEMAL que vai sair pá semana na edição ~de aniversário do NL.
Cursos Técnicos e tecnológicos de nível 3 e 4 e Pós-Graduações na área da História dos Descobrimentos, já que tanto se pugna pela identificação de Lagos com esse período da Hist. Portugal, isso sim!
Instalar em Lagos uma Faculdade é, quanto a mim, um exagero. Daqui a pouco temos mais Cursos e Academias do que alunos.
quando fala de coisas sérias, o efe até diz coisas acertadas, o pior é que ele é um brincalhão..
E adianto alguma coisa ao falar de coisas sérias (ou falar com seriedade)?! Há muito que escolhi os locais mais adequados onde falar: os gabinetes do poder e a sede do partido. Falei pouco, e ainda menos ouvido fui. Tb já desisti.
:(
Portanto, tb não é aqui que marco qualquer diferença, mesmo falando sério.
Prefiro brincar, sem dúvida.
(removi este post, colocado acima, pq tinha mts erros ortográficos)
Ao efe
Se os estudantes que saem de Lagos para estudar soubessem que haveriam condições no conselho
para desenvolvimento de empresas de piscicultura marisco ou outras ligadas ao mar aposto que os frequentadores eram bastantes mais e voltavam dando um contributo inestimavel à nossa cidade.
Bem como tambem há espaço para empresas ligadas à energia solar é inevitavel.
ET
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