QUID NOVI, JULIUS?

Após quatro anos de exercício de poder autárquico, Júlio Barroso volta a apresentar-se ao eleitorado lacobrigense com o propósito de cumprir mais outros tantos à frente do destino do concelho de Lagos.
Se as eleições de 2001 foram renhidas e ganhas pelo PS por uma margem mínima, as de 2005 pelo que tem constado de algumas sondagens supostamente credíveis e “transpiradas” para fora dos quartéis-generais das candidaturas do PSD e do PS não o serão menos.
De Júlio Barroso, escutámos a vários concidadãos a opinião que a sua acção ficou muito aquém daquilo que se esperava de si, enquanto presidente da Câmara de Lagos. A tão propalada “Mudança, Já!” não se verificou de 2001 até hoje. Contigências várias e conhecidas dos que se interessam pela coisa pública, pelos que acompanham a vida política local e profusamente relatadas na comunicação social lacobrigense, terão impossibilitado a sua concretização. Contudo, e ao mesmo tempo, reconheça-se que concretizou os principais projectos que havia herdado do seu antecessor, Valentim Rosado.
Por outro lado, Barroso poderá não ter consubstanciado os anseios de muitos que nele votaram devido, também, a uma “rigidez” do edil, que desconhecíamos na sua personalidade. Barroso não parece ser muito dado ao diálogo, a escutar os outros. E quando o contestam, muitas vezes, estala-lhe o verniz, salta-lhe a “tampa”. Ter ideias firmes é bom, mas não aceitar sistematicamente as dos outros, revela falta de sensibilidade e de falta de “jogo de cintura”. E assim, está mal...
Por último, uma palavra breve ao programa eleitoral do PS. Este apresenta-se bem estruturado em quatro eixos e de exequível concretização.

E agora, o que é que se segue? Que vai acontecer no próximo dia 9? E depois? Mudança?

Quid novi, Julius?