Os números são de arrepiar e deveriam obrigar-nos à reflexão.De acordo com o relatório do desenvolvimento humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), uma entidade da Organização das Nações Unidas (ONU), 1.200 crianças morrem por hora, o que equivale a aproximadamente 900 mil por mês.
Este documento, publicado desde 1990 pela ONU, aborda três grandes áreas: a ajuda ao desenvolvimento, o comércio internacional e a segurança e por ele ficamos a saber que 40% da população mundial subsiste com menos de dois dólares por dia, ou seja menos de 400 escudos, pela moeda antiga.
Aí, os países são ordenados pela sua evolução, sendo classificados de acordo com o índice de desenvolvimento humano, medindo as realizações de um país em termos de esperança de vida, nível educacional e rendimento real. Assim, a Noruega situa-se em primeiro lugar, enquanto o Níger está em último.
Logo na introdução deste relatório pode ler-se que 10,7 milhões de crianças por ano não vivem para celebrar o seu quinto aniversário e mais de mil milhões de pessoas sobrevivem numa pobreza abjecta, com menos de um dólar por dia
Acrescenta que quem vive hoje na Zâmbia tem menos possibilidades de chegar aos 30 anos de idade do que uma pessoa que tenha nascido em Inglaterra, em 1840.
Por outro lado, se se juntarem as fortunas das 500 pessoas mais ricas do Planeta obtém-se um rendimento superior ao auferido por 416 milhões de pessoas pobres.
Acrescenta o relatório que: “Falando sem rodeios, o mundo está a encaminhar-se para um desastre anunciado do desenvolvimento humano, cujos custos resultarão em mortes evitáveis, crianças que não frequentam a escola e perda de oportunidade para a redução da pobreza”.
Mais adiante refere que “os sete mil milhões de dólares necessários anualmente, durante a próxima década, para disponibilizar o acesso a água limpa a 2,6 mil milhões de pessoas, é menos do que os europeus gastam em perfume e menos do que os americanos gastam em cirurgias plásticas”.
E o nosso belo país? Saiba-se que Portugal desceu um lugar na lista e posiciona-se agora em 27º, atrás da Eslovénia.
O caminho para se acabarem com estas infelizes assimetrias, demonstradas por estes números? Infelizmente, eu, sou obrigado a admitir que só existe um: a tiro e à bomba.
(Quem quiser conhecer este relatório na íntegra pode descarregá-lo aqui: http://hdr.undp.org/reports/global/2005/)
7 comentários:
Mesmo assim custa a acreditar que somos o 27º país mais desevolvido do mundo. Ou seja, estamos no top 30 (ver o ranking da wikipedia). Ou seja, ainda, abaixo de nós estão 150 países.
Será que para sermos melhores é preciso um grande esforço? Julgo que não. Às vezes, se pequenos hábitos ou atitudes tipicamente portuguesas fossem alteradas ou mesmo erradicadas, os ganhos seriam imensos e, repito, não é preciso um grande esforço, trata-se de uma questão de atitude. Exemplos?! Aqui vai:
1º Ser pontual e acordar a horas. Se ao invés de estar a ver a porcaria de novelas até às tantas tanto na SIC como na TVI, me deitar um pouco mais cedo, levanto-me também mais cedo e não estou a mandriar na cama até à última. Saio de casa para o trabalho com mais calma e chego a tempo e horas. Fazendo umas contas por alto, se ao menos 50% dos mandriões mudasse de atitude, isto poderia representar mais ou menos um crecimento de 0,5% no PIB.
2º Não deixar tudo para a última da hora.
3º Não ser caloteiro. De facto, hoje em dia já não há vergonha! Ter dívidas é sinal de status social. O parvo é aquele que paga tudo a tempo e horas e não regateia. Se pelo menos 20 a 30% dos desavergonhados (ou caloteiros) pagassem as suas dívidas a tempo e horas, a economia teria sem dúvida outra pujança. Neste caso o exemplo teria que ser dado por todos (Estado, empresas e particulares).
4º Gastar menos energia. Como? Não ter a televisão ligada o dia inteiro sem ninguém a ver. Não usar o carro para fazer percursos de 100 ou 200 metros. Ou não ter que estacionar o carro dentro do sítio que queremos ir (casa, trabalho, etc.). Usar a bicicleta. Andar a pé. Resultados?: Gasta-se calorias em vez de gasolina, diminui-se a emissão de gases de efeito de estufa, melhora-se a saúde (menos gastos com esta componente) e gasta-se menos dinheiro. Sobra para gastar noutros produtos e estimula-se o consumo.
Ter a noção que o carro é um bem que só deverá ser usado em último caso.
Que me interessa ter um bom carro se sou barrigudo e bronco (para não dizer estúpido) e estou sujeito a ter um enfarte e a dar despesas de saúde ao Estado?
Estes são apenas três singelos exemplos de como podemos contribuir para melhorar o nosso país, melhorando ao mesmo tempo o nosso bem estar. Será que custa muito?...
Sejamos criativos. Nós algarvios até demos um bom exemplo: face à situação de seca extrema e ao apelo efectuado, o consumo doméstico de água diminuiu cerca de 15 a 20% (se não estou errado).
Será que se fez um sacrifício tão grande?
Se todos nós melhorarmos em termos de bom senso, de certeza que o país melhora.
Agora se estivermos à espera que o melhorem por nós, bem poderemos esperar sentados...
Mais uma pequena observação:
Recentemente estive uma semana de férias em Copenhaga (Dinamarca), tendo aproveitado para dar um pulinho a Malmo na Suécia (a cerca de 30 km).
- Como se sabe, o mês de Agosto no Algarve é só mesmo para que tem posses, logo, apesar de cá morar e face ao meu modesto rendimento, aproveitei para ir para fora, sempre fica mais em conta.
Tirando este aparte, enquanto lá estive verifiquei que eles (dinamarqueses e suecos) devem ser muito pouco desenvolvido e pouco espertos:
- Maior parte deles andavam de bicicleta (90% da população);
- Via-se muito poucos carros,e carros topo de gama era raro(ao contrário do nosso riquíssimo país);
- Para viagens mais longas utilizam o comboio, o qual vai para quase todo o lado (quem lhes dera a eles ter a nossa invejável rede de estradas e autoestradas);
- Engarrafamentos? Hora de ponta? Só se de bicicletas (devem ser mesmo pobres!...);
- Construção civil? Nem uma grua, andaime, tijolo, nada. Parece que já têm tudo feito. Coitados, não sabem o que é o progresso!...
- Só jardins e espaços verdes por todo o lado. É mesmo pena. Tanto espaço para construir e tão mal aproveitado...
- As pessoas devem ser mesmo muito pobres. Em vez de irem para os centros comerciais (de facto não vi nenhum), andam de bicicleta e vão fazer piqueniques nos jardins, onde se põem a ler.
Jardins? Só se para levar o meu cão a passear!...
- Pagam tudo com cartão. Devem ser tão pé-rapados que nem categoria têm para ter dinheiro...
- Só atravessam nas passadeiras. São mesmo burros, andam 20 metros só para atravessar numa passadeira quando passam tão poucos carros!...
Agora, qual não foi o meu espanto, quando perante este atraso de vida verifico que a Suécia é o 6º país mais desenvolvido do Mundo, enquanto a Dinamarca ocupa o 14º lugar.
E nós em 27º lugar. Este mundo deve estar louco!...
Saudações a quem deixou os comentários, oportunos, bem escritos e a merecerem uma boa nota. Assim vale a pena.
Cá o je tambem faz pelo menos um
banho de normalidade por ano este foi na Holanda.
Buldog p'ra qui Teesers pra li a coisa lá foi andando.Saindo de Amsterdam parecia a Alice no país das maravilhas nâo sei se foi por causa do chá de cogumelos se o que foi.Deixando a brincadeira nós cá se pusermos o nosso sistema judicial a fazer cumprir as regras (no momento)isto era o Jardim da Celeste mas como isso não pode acontecer porque se não aqui D'ÉL REI que ficavamos outra vez oprimidos então é melhor sermos oprimidos p´lo constante atropelo dos nossos direitos por todos os chicos espertos.Então temos que ser chicos espertos.1ºpara sermos respeitados pela tribo e depois para podermos desrespeitar quem nos desrespeita,e para que isso seja possivel temos que por a mascara daquilo que não somos.
Resultado ,um país de ANORMAIS.
É por isso que não sou de esquerda nem de Direita SOU DO CONTRA.
pssssst
Ao anónimo das 4:07
ESPECTACULAR.
Por muito esforço que pusesse não diria melhor,parabens.
pronto jb desculpa "COSEGUISSEMOS PÔR"
TOUCHÉ
PSSSST
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