terça-feira, 13 de setembro de 2005

MACACÁRIO, O CORREIA

Lemos na Lusa, dia 6 de Setembro, que “o presidente da Junta Metropolitana do Algarve, Macário Correia, reiterou hoje a aprovação da construção de cerca de 50 campos de golfe na região e rejeitou as criticas de associações ambientalistas que acusam o responsável de ignorar o problema da seca.
‘Os campos de golfe são necessários, sabemos que consomem água mas trazem muitos postos de trabalho e criam muitas soluções para a economia da região", justificou Macário Correia, acrescentando que a existência de mais ‘golfes’ na região ‘trará mais público durante todo o ano e isso tem muito interesse para a economia’ do Algarv
e”.
Na edição de segunda-feira, o “Jornal de Notícias” avança com a notícia que os 31 campos de golfe actualmente existentes na região Algarvia absorvem tanta água com 60 por cento da população.
Muitos dos campos de golfe obviamente encontram soluções próprias de fazer a rega sem ter que recorrer a águas das redes. O golfe é necessário e o Algarve terá mais golfes’, afirmou o presidente da Junta Metropolitana do Algarve”.
Entretanto, no jornal Região Sul, dava-se conta que “a Coordenadora Distrital da CDU acusa agora o presidente da Junta Metropolitana do Algarve, de “descaramento e falta de sensibilidade para com todos quantos há meses fazem esforços de poupança de água.’ ‘A demagógica ligação estabelecida por Macário Correia entre campos de golfe e mais emprego é desmentida pela situação actual da região”, acrescentou a Coligação Democrática Unitária”.
Viva o Algarve, que tem como presidente da Junta Metropolitana tão esclarecida pessoa, este mamífero chamado Macacário, o Correia, (re)candidato do PSD à Câmara de Tavira.
Eles são assim... Primam pela demagogia, pelo descaramento e falta de sensibilidade.

7 comentários:

Anónimo disse...

Já agora gostava que alguem me dissesse se o golfe da Bovis já está a ser regado pelas aguas da
E.T.A.R.
È que era isso que estava previsto!


ET

Anónimo disse...

É caso para dizer "casa onde não há água, mesmo com sede ainda a deitam fora" (inventada à pressa)!

Como se sabe, e quer queiramos quer não, o turismo é o sustentáculo da economia algarvia.
Agora o que precisamos decidir é se queremos um turismo de qualidade, ou seja, tornar o Algarve um destino atractivo, bem cuidado, sofisticado e (inevitavelmente) caro (a qualidade e o bom serviço paga-se).

Ou, em contrapartida, tornar o Algarve um destino de massas, onde qualquer um pode vir passar férias, onde predominam as barracas de comida e gelados, onde se constroi prédios de apartamentos para serem mais tarde alugados, onde os pagamentos são feitos sem recibo e como tal não há pagamento de impostos. Onde se destroi as arribas, etc. (não preciso estar a enumerar todas as alarvidades que são cometidas). Acabando o Algarve por se tornar um selva de betão, pouco atractiva e barata, acabando por implodir economicamente (ou seja, matar a galinha dos ovos de ouro).

Eu, por mim, opto pelo primeiro caminho. Ou seja, é preciso acabar com a ideia de que vir passar férias ao Algarve é quase um direito adquirido, e que mais cedo ou mais tarde o Estado terá que subsidiar aqueles que não o podem fazer por serem mais carenciados. Eu por não ter posses suficientes não posso ter um carro topo de gama, mas isso não quer dizer que me veja no direito de o ter porque outro o tem (não sei se me fiz compreender neste ponto?!...enfim)

Mas como poderemos tornar o Algarve num destino de eleição, rentável e gerador de riqueza (para o Estado e consequentemente para todos nós):

- Acabar imediatamente com a construção de prédios de apartamentos (suspensão das licenças) - esta medida impediria o desenvolvimento da economia paralela tão prejudicial ao turismo que é o aluguer (ilegal) de apartamentos;
- Preservar o litoral, impedindo qualquer construção junto ao mesmo. O está feito está feito. Eventualmente efectuar melhoramentos nalgumas zonas. Exemplo: Na Ponta da Piedade deveriam ser criados caminhos pedestres, devidamente assinalados e mapeados de forma a preservar as zonas envolventes;
- Promover o embelezamento das zonas urbanas, com uma medida muito simples e relativamente barata - investir fortemente na colocação de árvores. Já que não podemos deitar abaixo certas atrocidades urbanísticas, a colocação de árvores "desenfeia", dá sombra, protege e torna os locais mais agradáveis.
- Estimular a construção de empreendimentos turísticos de elevada qualidade (preferência 5 estrelas), preferencialmente em zonas para onde esteja prevista a construção de habitação (como se sabe desnecessária);
- Preservação a todo o custo do meio ambiente, das reservas naturais, ecológicas e agrícolas, acabando com a especulação, com os "direitos adquiridos" e outros subterfúgios da "máfia do betão";

Apesar da radicalidade de algumas medidas (reconheço, mas é preciso começar a cortar a direito), estas são apenas algumas sugestões que poderiam ser acatadas pelos governantes para tornar o Algarve um destino de eleição e simultaneamente promover a qualidade de vida dos que cá residem, já que certamente seriam criados mais e melhores empregos e uma melhoria nas condições de vida.

Então, onde se encaixam os campos de golfe?

Sejamos claros (como diz o outro), prefiro certamente a construção de mais um campo de golfe do que um complexo habitacional com 50.000 moradias e piscina, o qual só está ocupado um mês por ano.

Obviamente que mais 50 campos de golfe, segundo depreendi, é um exagero. Contudo, não vejo mal em se construir mais 5, 6 ou 7 campos, desde que hajam condições para que a sua rega não afecte o consumo de água das populações. Como? Sugestões:
- Construindo represas, "cisternas" ou poços. Basta percorrer o barrocal algarvio para verificar que os nossos antepassados já tinham o cuidado de armazenar água. Será que se perdeu a capacidade de armazenar a água da chuva?
- Os próprios campos de golfe poderiam ser dotados de um sistema de escoamento de águas pluviais que impedisse ao máximo o desperdício da água das chuvas (já estou a ver muitos dizerem: Ah! Isso tem lá algum jeito!... Como é que se faz?!) Bem... temos massa cinzenta para pensar (no meu caso areia). Se temos uns engenheiros, empresários e autarcas tão bons a engendrar esquemas de corrupção, imaginem se pusessem as suas capacidades em desenvolver este tipo de soluções!

Por outro lado, como temos verificado, o golfe traz turismo de qualidade (i.e. com dinheiro), combate a sazonalidade (a época alta do golfe coincide mais ou menos com os meses de Outono e Inverno).

Conclusão: o mamífero em causa (espécie macacarius tavirensis) pode não ter feito uma sugestão tão descabida.

Em como tudo na vida, "nem tanto ao mar, nem tanto à terra".

Humor Negro disse...

Esse lambe-cinzeiros já chateia. Esse gajo ainda existe?

Anónimo disse...

Passei na BOVIS 17SET2005 11h30
sab(fim de semana)estavam a fazer mais um furo suponho que "legal".
Vão buscar água boa para regar a relva para os Golfistas.
E para os agricultores qualquer dia disponibilizam a agua da E.T.A.R.para regar as hortaliças
que comemos pois os furos dos agricultores da zona estão a secar.

Anónimo disse...

Best regards from NY!
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Anónimo disse...

O mamífero que agora comenta o que o mamífero postou sobre o outro mamífero, tem a fazer o seguinte comentário. A população no Algarve nos meses de verão mais que duplica com a vinda de turistas. Será que eles trazem água da terra deles? Não me parece. Já viram as regras dos aeroportos? Pois. Quero com isto fazer perceber que quando se perde num lado ganha-se noutro. Os campos de golfe usam quase exclusivamente água de furos próprios.
Já agora, se algum dia ficares sem água pode ser que tenhas um ponta de razão, mas não te assustes porque às vezes cortam-na para fazer reparações sabes...?
Um conselho: deixa-te de fanatismos políticos cor-de-rosa e põe mãos à obra. Se queres ser útil visita a tua câmara municipal (ou junta metropolitana) e mostra o teu desagrado. Hás de ficar esclarecido.

Anónimo disse...

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