Que significa a «América para os americanos», doutrina do Presidente «ianqui» Monroe do século XIX? Significa que todo o nosso continente deve pertencer-lhes a eles, os Estados Unidos. Entretanto escorraçaram os povos índios, matando‑os, torturando-os, humilhando‑os. Invadiram a Florida. Quiseram ter Cuba muito cedo na história deles, uma «maçã do seu quintal», segundo eles próprios. Roubaram metade do território ao México. Escravizaram milhões de seres humanos para ter mão‑de‑obra barata e no fim desse século, XIX, fizeram explodir um navio –o Maine– com oficiais e marinheiros dos próprios EUA e acusaram desse atentado os espanhóis que lutavam contra os cubanos independentistas, tal como Hitler fez 40 e tal anos depois com o incêndio do Reichstag.
Um auto‑atentado que agora reconhecem oficialmente e que foi o pretexto para depois invadir Cuba e durante vários anos fazer da ilha a sua colónia.
No século passado inventaram, com o Presidente T. Roosvelt, a política do «grande bastón» para aplicar na América Latina porque não se comportava como eles queriam. No total, fizeram 253 intervenções militares contra o México, invadiram a Guatemala e derrubaram o Governo legal de J. Arbenz no ano 54 e, a partir daí, contabilizam-se mais de 300 mil guatemaltecos assassinados por eles; invadiram a República Dominicana no ano 65 com 55 mil marines.
Mas, é verdade ou não, a notícia do jornal El Clarín, de Buenos Aires, de 11/2/95, que reproduz uma afirmação feita pela publicação dos Estados Unidos, Newsday, e que disse que «o Governo dos Estados Unidos realizou, durante o período da chamada guerra fria, 154 experiências radioactivas com nove mil pessoas, entre as quais prisioneiros de delito comum, doentes mentais, grávidas, para verificar as consequências da radioactividade nos fetos, tudo isso segundo revelações feitas pelo Departamento de Energia dos EUA»? Nunca foi desmentida esta notícia. Não é verdade, já oficialmente admitida, que reciclaram nazis como Klaus Barbie, ou como Mengele, que fazia experiências cirúrgicas com crianças e mulheres, e nazis que ensinaram as Forças Armadas dos Estados Unidos a torturar? É verdade.
E a Operação Condor, que nós conhecíamos directamente sem saber, no entanto, o seu nome –agora descoberto– com companheiros e amigos que desapareciam do centro de Buenos Aires ou de Madrid ou mesmo –e dá para espantar– de Lisboa e depois apareciam mortos, sem olhos, com marcas de fogo no corpo, sem dentes, sem unhas. Quem organizou, dirigiu e ensinou tudo isto? Pois os «imaculados» oficiais dos EUA na chamada Escola das Américas, onde treinaram milhares de oficiais latino-americanos. Isto foi no ano de 1974.
E o bloqueio criminoso contra Cuba? E a invasão do Panamá com oito mil mortos em três dias no bairro operário de Chorrillos da cidade de Panamá? .
E quem está a intervir militarmente na Colômbia, neste momento, e porquê?
E quem esteve por detrás da guerra do Ruanda, entre Tutsis e Hutus além da França, que custou um milhão de mortos? Não terão sido também empresas dos Estados Unidos na procura de um metal imprescindível para a construção dos telemóveis?
E porque chacinaram o Iraque? E porque apoiaram Ussama ben Laden e criaram os talibãs, esses monstros do século XXI? Não foram por acaso eles, os EUA? Não foi pelo petróleo e pela droga? Não terá sido por razões económicas e políticas que hoje se enfrentam com Ben Laden e o Governo talibã? Não será pelo petróleo do próprio Afeganistão ainda inexplorado mas que se sabe existir? E não será pela construção dum gasoduto que vinha do Turcomenistão que houve a segunda tragédia em 11 de Setembro de 2001?
Então pergunto-me e pergunto a quem de direito: Será que um Estado terrorista não está sujeito a ter um ajuste de contas com outros terroristas? Porque, na verdade, isto parece ser um ajuste de contas entre um Estado terrorista –os EUA– e um narcotraficante e o seu grupo, com uma cobertura ideológica que é a sua religião, Ben Laden acompanhado do Estado dos Talibãs, monstros que escaparam quer um, Ben Laden, quer outros os Talibãs, ao controlo do seu criador, os EUA.
E porque vão, então, pagar os povos um altíssimo preço? América Latina, África, Jugoslávia, Iraque, Palestina, todos os continentes, todos os povos já têm facturas de sangue, morte, tortura, dor, fome, violações, queima de livros, para cobrar. E não esquecem. Então porque vêm, agora, os terroristas maiores de todos os tempos dizer «ou comigo ou contra mim»? E então, fiat lux, Tony Blair, o Mensageiro do deus Bush, foi o primeiro a ajoelhar-se e a falar do «amigo fiel»? Será único? E isto é, apenas e só uma milésima parte de um todo. Por isso respondo àquela mulher de Nova Iorque que, desesperada e com imensa dor, perguntou perante aquele espectáculo dantesco de 11 de Setembro, «porquê, Senhor, nos odeiam tanto?». Senhora, por tudo o que descrevi e por muito mais, os vossos governantes, as vossas empresas, os vossos militares são odiados.
Por tudo o que disse antes também, não se pode aceitar a terrível chacina de crianças numa Igreja Católica ou num hospital do Afeganistão. Tem que se acabar com os mercadores da morte e da brutalidade, mas esses são os talibãs e os outros que ao bombardear o Afeganistão dizem «que parecia a final de um jogo de futebol» do seu país (EU).
Antes de terminar duas perguntas: Quanto será o lucro da indústria de armamento dos EUA e quanto o dos barões da droga do pais de Bush, dos talibãs e de Ben Laden conseguidos nesta guerra? E como quantificar a dor, a imensa dor e sofrimento dos povos?
Para terminar, seriam possíveis e desejáveis neste momento, duas coisas: uma derrota militar dos EUA e uma revolta vitoriosa do povo afegão contra os talibãs. Depois, se quiserem, julguem o Estado terrorista dos EUA e os dirigentes Talibãs e Ben Laden num tribunal internacional composto por um juiz cubano, um sérvio, um «ianqui», um afegão, um palestiniano, um israelita, um vietnamita e um inglês.
[Este texto, da autoria do jornalista uruguaio André Martín, conheceu a estampa no dia 27 de Dezembro de 2001, no jornal Diário de Notícias, cerca de três meses e meio depois do atentado perpetrado contra as torres gémeas (Twin Towers), da cidade de Nova Iorque.
Porque o ruído provocado pelos gritos histéricos das carpideiras oficiais da Nação nos incomodou a sério, porque partilhamos o pensamento do autor, porque subscrevemos a sua análise, porque também não esquecemos Salvador Allende, morto em 11 de Setembro de 1973 pelo ditador Pinochet, a mando da Administração do EUA, decidimos publicá-lo na íntegra (não obstante alguns erros gramaticais), ontem e hoje. É este o nosso contributo para a compreensão do atentado e do que o poderá ter motivado.
Quem desejar mais informação, quem quiser reflectir mais profundamente sobre este tema, deverá ler este texto de Joaquín Oramas, publicado no jornal Granma, de Cuba.
Um auto‑atentado que agora reconhecem oficialmente e que foi o pretexto para depois invadir Cuba e durante vários anos fazer da ilha a sua colónia.
No século passado inventaram, com o Presidente T. Roosvelt, a política do «grande bastón» para aplicar na América Latina porque não se comportava como eles queriam. No total, fizeram 253 intervenções militares contra o México, invadiram a Guatemala e derrubaram o Governo legal de J. Arbenz no ano 54 e, a partir daí, contabilizam-se mais de 300 mil guatemaltecos assassinados por eles; invadiram a República Dominicana no ano 65 com 55 mil marines.
Mas, é verdade ou não, a notícia do jornal El Clarín, de Buenos Aires, de 11/2/95, que reproduz uma afirmação feita pela publicação dos Estados Unidos, Newsday, e que disse que «o Governo dos Estados Unidos realizou, durante o período da chamada guerra fria, 154 experiências radioactivas com nove mil pessoas, entre as quais prisioneiros de delito comum, doentes mentais, grávidas, para verificar as consequências da radioactividade nos fetos, tudo isso segundo revelações feitas pelo Departamento de Energia dos EUA»? Nunca foi desmentida esta notícia. Não é verdade, já oficialmente admitida, que reciclaram nazis como Klaus Barbie, ou como Mengele, que fazia experiências cirúrgicas com crianças e mulheres, e nazis que ensinaram as Forças Armadas dos Estados Unidos a torturar? É verdade.
E a Operação Condor, que nós conhecíamos directamente sem saber, no entanto, o seu nome –agora descoberto– com companheiros e amigos que desapareciam do centro de Buenos Aires ou de Madrid ou mesmo –e dá para espantar– de Lisboa e depois apareciam mortos, sem olhos, com marcas de fogo no corpo, sem dentes, sem unhas. Quem organizou, dirigiu e ensinou tudo isto? Pois os «imaculados» oficiais dos EUA na chamada Escola das Américas, onde treinaram milhares de oficiais latino-americanos. Isto foi no ano de 1974.
E o bloqueio criminoso contra Cuba? E a invasão do Panamá com oito mil mortos em três dias no bairro operário de Chorrillos da cidade de Panamá? .
E quem está a intervir militarmente na Colômbia, neste momento, e porquê?
E quem esteve por detrás da guerra do Ruanda, entre Tutsis e Hutus além da França, que custou um milhão de mortos? Não terão sido também empresas dos Estados Unidos na procura de um metal imprescindível para a construção dos telemóveis?
E porque chacinaram o Iraque? E porque apoiaram Ussama ben Laden e criaram os talibãs, esses monstros do século XXI? Não foram por acaso eles, os EUA? Não foi pelo petróleo e pela droga? Não terá sido por razões económicas e políticas que hoje se enfrentam com Ben Laden e o Governo talibã? Não será pelo petróleo do próprio Afeganistão ainda inexplorado mas que se sabe existir? E não será pela construção dum gasoduto que vinha do Turcomenistão que houve a segunda tragédia em 11 de Setembro de 2001?
Então pergunto-me e pergunto a quem de direito: Será que um Estado terrorista não está sujeito a ter um ajuste de contas com outros terroristas? Porque, na verdade, isto parece ser um ajuste de contas entre um Estado terrorista –os EUA– e um narcotraficante e o seu grupo, com uma cobertura ideológica que é a sua religião, Ben Laden acompanhado do Estado dos Talibãs, monstros que escaparam quer um, Ben Laden, quer outros os Talibãs, ao controlo do seu criador, os EUA.
E porque vão, então, pagar os povos um altíssimo preço? América Latina, África, Jugoslávia, Iraque, Palestina, todos os continentes, todos os povos já têm facturas de sangue, morte, tortura, dor, fome, violações, queima de livros, para cobrar. E não esquecem. Então porque vêm, agora, os terroristas maiores de todos os tempos dizer «ou comigo ou contra mim»? E então, fiat lux, Tony Blair, o Mensageiro do deus Bush, foi o primeiro a ajoelhar-se e a falar do «amigo fiel»? Será único? E isto é, apenas e só uma milésima parte de um todo. Por isso respondo àquela mulher de Nova Iorque que, desesperada e com imensa dor, perguntou perante aquele espectáculo dantesco de 11 de Setembro, «porquê, Senhor, nos odeiam tanto?». Senhora, por tudo o que descrevi e por muito mais, os vossos governantes, as vossas empresas, os vossos militares são odiados.
Por tudo o que disse antes também, não se pode aceitar a terrível chacina de crianças numa Igreja Católica ou num hospital do Afeganistão. Tem que se acabar com os mercadores da morte e da brutalidade, mas esses são os talibãs e os outros que ao bombardear o Afeganistão dizem «que parecia a final de um jogo de futebol» do seu país (EU).
Antes de terminar duas perguntas: Quanto será o lucro da indústria de armamento dos EUA e quanto o dos barões da droga do pais de Bush, dos talibãs e de Ben Laden conseguidos nesta guerra? E como quantificar a dor, a imensa dor e sofrimento dos povos?
Para terminar, seriam possíveis e desejáveis neste momento, duas coisas: uma derrota militar dos EUA e uma revolta vitoriosa do povo afegão contra os talibãs. Depois, se quiserem, julguem o Estado terrorista dos EUA e os dirigentes Talibãs e Ben Laden num tribunal internacional composto por um juiz cubano, um sérvio, um «ianqui», um afegão, um palestiniano, um israelita, um vietnamita e um inglês.
[Este texto, da autoria do jornalista uruguaio André Martín, conheceu a estampa no dia 27 de Dezembro de 2001, no jornal Diário de Notícias, cerca de três meses e meio depois do atentado perpetrado contra as torres gémeas (Twin Towers), da cidade de Nova Iorque.
Porque o ruído provocado pelos gritos histéricos das carpideiras oficiais da Nação nos incomodou a sério, porque partilhamos o pensamento do autor, porque subscrevemos a sua análise, porque também não esquecemos Salvador Allende, morto em 11 de Setembro de 1973 pelo ditador Pinochet, a mando da Administração do EUA, decidimos publicá-lo na íntegra (não obstante alguns erros gramaticais), ontem e hoje. É este o nosso contributo para a compreensão do atentado e do que o poderá ter motivado.
Quem desejar mais informação, quem quiser reflectir mais profundamente sobre este tema, deverá ler este texto de Joaquín Oramas, publicado no jornal Granma, de Cuba.
(http://www.granma.cu/portugues/2005/septiembre/mier7/37incognitas.html).]
9 comentários:
Estou adoraaaaando.. tá lindo tá! Força!! adiante companheiro!
Dá uma olhada em: (http://chuviscos.blogspot.com/)
beijos GRANDES.. como tu!!
também este: http://www.lusomerlin.blogspot.com/ (fraternidade)
mais beijos
Este foi um grande contributo, o de reproduzires este eclarecedor artigo do jornalista uruguaio.
Temos de estar bem atentos, pois os "vampiros" não dormem.
Fraternas Saudações,
É preciso ter bem presente uma coisa:
A nação americana, a tão propolada terra da liberdade e das grandes oportunidades (já agora como é que uma nação tão liberal possui uma constituição de contornos tão socialistas? - bem, isso é outra conversa), foi fundada sobre o sangue de milhões de verdadeiros americanos (vulgo índios) cujas nações foram totalmente dizimadas. Talvez tenha sido o maior crime da história da humanidade. E o mais engraçado de tudo é a reacção de indiferença, como se isso fosse um assunto demasiado embaraçoso para ser debatido.
Sejamos claros, o megagenocídio que ocorreu na América do Norte nos sécs. XVIII e XIX e ínício do séc. XX faz com que o Holocausto (Shoah) seja uma gota no oceano. Ainda hoje prevalece no nosso imaginário a imagem do índio como o selvagem que tem de ser abatido a todo custo (a globalização/americanização cultural tem destas coisas).
E o que temos hoje em dia? Vemos o povo original americano (índios) colocados em campos de concentração denominados "reservas", vivendo em condições infra-humanas, corroídos pelo alcool e pela droga e sem quaisquer perspectivas de vida senão a de servir de atracção aos turistas WASP.
Já agora, conhecem algum americano famoso de pele vermelha?
Pois pois, é tudo muito dramático e muito nobre e muito vil. O jornalista cubano é que tem razão. Curiosamente quando estive em Cuba há alguns meses atrás os jornalistas não tinham grande à vontade para criticar o que quer que seja no seu próprio país. Tu deixa-te de merdas pá. Isto é muito giro para epatér les burgeois, ou lá como se diz em francês...
Isto tipo de conversa só excita que está à procura de estimulação.
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