ÁFRICA MINHA

Horas antes de um concerto no Estádio José Alvalade, que terminou a digressão “Vertigo”, a banda irlandesa U2 foi recebida no Palácio de Belém, por Jorge Sampaio, Presidente da República. Na ocasião, o Chefe de Estado, agraciou os seus membros com a “Ordem da Liberdade”, por nos “últimos 25 anos, combinarem a exposição pública que obtiveram do seu sucesso musical com a protecção de causas humanitárias".
De acordo com a LUSA, Sampaio “destacou o seu envolvimento ao nível da dívida do terceiro mundo como a tarefa de maior importância para o agendamento público desta condecoração”, para além de “outras iniciativas de apoio protagonizadas pela banda como a situação na Bósnia, as crianças atingidas pelo desastre nuclear de Chernobyl e, mais recentemente, o projecto 46664 (número de prisioneiro de Nelson Mandela), dedicado ao combate à SIDA em África”. O apoio ao povo de Timor-Leste também não foi esquecido pelo Chefe de Estado, nessa cerimónia.
Bono Vox, vocalista dos U2 referiu então ser “inaceitável existirem crianças sem comida e cerca de 3.000 a morrerem por dia devido à picada do mosquito, a malária [em África]”, tendo acrescentado um pedido “aos portugueses para que dêem permissão aos seus políticos para ajudarem África”.
E nós, que acompanhámos a peça referente a esta cerimónia pela TV, recordámos nesse preciso momento o Náná, habitante de São Tomé e Príncipe, por ocasião da morte de uma das suas filhas (vítima de malária) e como um companheiro puxou da carteira e pagou o seu funeral.

Ai Portugal, Portugal! Ai África minha!